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Mercado de carbono: ‘Queremos agricultura fora do projeto’, diz Sergio Souza

03 out 2023, 16:44 - atualizado em 03 out 2023, 16:44
mercado de carbono agricultura
Para representante da bancada ruralista, o ativo ambiental que o produtor já tem na propriedade deve ser contabilizado no mercado de carbono (Imagem: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados)

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado retoma nesta quarta-feira (4) a votação do projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no Brasil.

Nesta terça-feira (3), o deputado federal Sergio Souza (MDB-PR), um dos representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), afirmou durante coletiva de imprensa que a bancada ruralista quer a agricultura fora do projeto.

“A nossa ideia é retirar a agricultura desse projeto que está sendo votado no Senado, para que isso seja tratado em uma outra oportunidade. Temos um ativo ambiental muito grande, mas o mundo não quer pagar pelo que está ali retido na floresta e sim pagar pela eventual mitigação em nova árvore que venha a se plantar”, diz.

Para o deputado, o grande desafio do Brasil fica por conta da defesa da agricultura sustentável, do Código Florestal e de práticas de preservação ambiental.

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O que quer a FPA?

A bancada ruralista quer a agricultura dentro do mercado de carbono regulado sob o âmbito do projeto de lei 7.578/2017, que institui o Patrimônio Verde.

“O projeto calcula o ativo ambiental que já tem na propriedade. Ele calcula quantas toneladas de carbono tem retidas na propriedade e transforma em título no mercado com valor financeiro. Alguém compraria esse título e pagaria para ele manter a floresta em pé”, defende.

Segundo Souza, os projetos sobre mercado de carbono ainda não englobam a compensação pelas boas práticas de cultivo, como o plantio direto.

“Não tem interpretação fora do Brasil sobre plantio direto. Portanto, há dificuldade em achar alguém que possa comprar esse crédito”, explica.