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Mercado de capitais registram R$ 401,6 bi em emissões e renda fixa é destaque em 2022

13 out 2022, 15:42 - atualizado em 13 out 2022, 15:42
Boi Gado Agropecuária Agronegócio
Captação positiva da renda fixa é encabeçada pelo amplo crescimento das emissões de CRA em 2022. (Foto: Gabriel Faria)

O mercado de capitais não está totalmente adormecido nestes tempos de taxa Selic elevada. O destaque positivo para a onda de emissões no ano fica à cargo da renda fixa.

As emissões somaram R$ 46,6 bilhões em setembro. As ofertas nos nove primeiros meses de 2022 captaram R$ 401,6 bilhões – redução de 5,5% em relação ao mesmo período de 2021, de acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Até o momento, as ofertas em andamento e em análise somam R$ 11,1 bilhões e R$ 11,8 bilhões, respectivamente, desconsiderando o volume das ofertas de ações, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (13).

As ofertas de renda fixa cresceram 25,6% no período. O resultado é puxado pelas altas nas emissões voltadas tanto ao agronegócio (CRAs) quanto ao setor imobiliário (CRIs).

CRAs e CRIs puxam a renda fixa

De janeiro a setembro de 2022, foram registrados R$ 33,3 bilhões em emissões de CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e R$ 32,6 bilhões de CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliário).

“Os mercados de securitização são os que mais têm crescido no ano. O cenário de juros altos leva o investidor naturalmente para a renda fixa”, afirma Flávia Palácios, coordenadora da Comissão de Securitização da Anbima.

O CRA apresentou um volume muito superior ao mesmo período de 2021, mais que o dobro, enquanto o CRI teve aumento de 50%.

“Diferentemente do passado, o aumento dos CRIs e CRAs nos últimos três anos não foi impulsionado por nenhum evento específico. O que vemos agora é um avanço dessa indústria de forma geral”, completa.

Debêntures

As emissões de debêntures também apontam para cima: até setembro, somam R$ 205 bilhões, contra R$ 162 bilhões apurados em igual período do ano passado (alta de 26,5%).

Os fundos de investimento têm ampliado a participação na aquisição das debêntures, detendo 43,7% das ofertas (contra 37,3% entre janeiro e setembro de 2021), pouco atrás dos agentes intermediários e participantes ligados às operações, com 45,4%.

As pessoas físicas também apresentam leve aumento, de 4% para 4,2%. Entre os demais subscritores desses títulos, os investidores institucionais detêm 6,8% e os investidores estrangeiros 0,1%.

Fiagro, follow-on e IPOs

Entre os novos produtos que chegam ao mercado, as notas comerciais movimentaram R$ 25,3 bilhões até setembro e o Fiagro (Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais) acumula R$ 4,8 bilhões captados em ofertas públicas.

Três operações de follow-on (ofertas subsequentes de ações) somaram R$ 2,6 bilhões em setembro.

No ano, o saldo total da renda variável é de R$ 52,3 bilhões, sendo R$ 406 milhões em IPOs (ofertas iniciais) e R$ 51,9 bilhões em follow-ons.

O volume consolidado representa queda de 57,8% em relação a nove meses de 2021.

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