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Mercado de bônus da Argentina se prepara antes de prazo final para pagamento de dívida

22 jan 2020, 13:30 - atualizado em 22 jan 2020, 13:30
Presidente da Argentina, Alberto Fernández
Alberto Fernández disse que o país quer pagar suas dívidas, mas precisa de um tempo dos credores (Imagem: Reuters/Mariana Greif)

Os títulos soberanos e provinciais da Argentina se mantinham estáveis ​​nesta quarta-feira, com o mercado na expectativa horas antes do prazo para os credores darem sinal verde ou rejeitarem um plano da província de Buenos Aires de adiar um pagamento de 250 milhões de dólares previsto para 26 de janeiro.

O pagamento de um título de 2021 marca o primeiro grande teste para o país sul-americano enquanto lida com negociações muito mais complexas para reestruturar cerca de 100 bilhões de dólares em dívidas públicas que o novo governo peronista diz que atualmente não pode pagar.

A província de Buenos Aires, de longe a maior da Argentina, informou neste mês que estava buscando “alívio financeiro temporário” dos detentores do título com vencimento em 2021 e solicitou uma prorrogação até 1º de maio para efetuar o pagamento deste mês.

O prazo para respostas dos detentores da dívida é 13h (de Brasília), quando a província precisa ter o aval dos detentores de mais de 75% do valor principal da dívida.

Sem consentimento, a província –e o governo nacional– estarão em situação delicada, disseram analistas.

“As alternativas são ou chegar a um acordo de 75% para a solicitação de consentimento a fim de adiar o pagamento para 1º de maio ou arriscar uma inadimplência”, disse Amherst Pierpont em nota divulgada nesta quarta-feira, acrescentando que a questão seria se o Estado iria intervir no último minuto.

“É um jogo de perspicácia sobre se um dos lados cede para evitar uma inadimplência dura na próxima semana.”

O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, disse na terça-feira que o governo estava enviando uma lei de sustentabilidade da dívida aos parlamentares para ajudar a reforçar a capacidade de pagamento do país, abalada por uma queda no peso e uma economia estagnada.

O presidente de centro-esquerda da Argentina, Alberto Fernández, disse que o país quer pagar suas dívidas, mas precisa de um tempo dos credores, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI), para reavivar o crescimento a fim de poder fazê-lo.

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