Mercado brasileiro nem saiu e já voltou para seca dos IPOs; veja o que esperar do Ibovespa (IBOV)
A expectativa era grande: a Moove, subsidiária da Cosan (CSAN3), estava se preparando para o seu IPO (Oferta Pública Inicial) na Bolsa de Nova York ainda esta semana. Seria o primeiro IPO de uma companhia brasileira desde 2021, quando o Nubank (NU) fez a sua estreia oficial na bolsa norte-americana.
No entanto, a Cosan informou na noite de ontem que decidiu não prosseguir neste momento com a oferta pública inicial da Moove. O motivo, segundo a empresa, são as “condições adversas de mercado”.
Fontes ouvidas pelo Money Times, destacam que risco Brasil, com a questão fiscal passando a ser questionada pelos investidores, foi o problema que barrou a transação. O processo da Moove pode ser retomado só em meados do ano que vem e não há previsão de outros IPOs brasileiros no caminho antes de 2025.
- Veja o que está influenciando as bolsas globais no Giro do Mercado nesta quinta-feira (10) e prepare seus investimentos:
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) fechou mais um dia em queda, perdendo os 130 mil pontos, refletindo a piora da inflação e o mau humor com as commodities. Tanto o petróleo quanto o minério de ferro voltaram a cair forte.
O índice fechou em baixa de 1,18%, a 129.926,06 pontos.
O que esperar de Wall Street
Do lado internacional, as atenções estão voltadas para a inflação dos Estados Unidos. Agora de manhã saem os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) — além dos dados de venda no varejo brasileiro em agosto.
Segundo as projeções do Investing.com, a inflação americana deve desacelerar para 0,1% na base mensal e para 2,3% na anual. Já o núcleo, que exclui os preços voláteis como energia e alimentos, deve desacelerar para 0,2% no mensal e se manter em 3,2% no ano.
Caso seja confirmado o movimento de desinflação, o mercado poderá respirar aliviado, afastando os receios que como o Federal Reserve vai seguir com o afrouxamento monetário.
Divulgada ontem, a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que deu início ao ciclo de afrouxamento monetário nos EUA, reforçou a dependência dos dados para definir os ajustes futuros nos juros.
Entre os dados monitorados, os diretores do comitê citam: as leituras sobre as condições do mercado de trabalho, as pressões inflacionárias e as expectativas de inflação, e os desenvolvimentos financeiros e internacionais.
As bolsas europeias e futuros de Wall Street operam no negativo. Já o mercado asiático fechou em alta.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quinta-feira (10)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +0,26%
- Hong Kong/Hang Seng: +2,98%
- China/Xangai: +1,32
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: -0,08%
- Frankfurt/DAX: -0,04%
- Paris/CAC 40: -0,10%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: -0,16%
- S&P 500: -0,12%
- Dow Jones: -0,08%
Commodities
- Petróleo/Brent: +1,57%, a US$ 77,79 o barril
- Petróleo/WTI: +1,71%, a US$ 74,44 o barril
- Minério de ferro: -1,02%, a US$ 109,62 por tonelada em Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): -2,01%, a US$ 61.002
- Ethereum (ETH): -1,87%, a US$ 2.391
Boa quinta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!