Mercado americano e agenda de indicadores cheia: O que mexe com a renda fixa nesta semana?
Na semana passada, a curva de juros encerrou próxima à estabilidade, demonstrando uma acomodação no preço dos ativos de renda fixa.
Segundo relatório semanal do time de renda fixa da XP Investimentos, o movimento se deve principalmente pela ata do Federal Reserve, que indicou um tom mais duro e cauteloso.
O início dos cortes de juros, portanto, deve acontecer mais tardio do que o mercado estava aguardando. Com isso, a incerteza com a dinâmica da economia norte-americana ficou em evidência no período.
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No crédito privado, os spreads das debêntures indexadas ao CDI também terminaram a semana próximos à estabilidade. Segundo o relatório, na quinta-feira (22), o índice IDEX-DI fechou em 2,01%, mesmo patamar da última semana.
Quanto ao prêmio das debêntures de infraestrutura IPCA+, as analistas de renda fixa indicam que houve uma redução significativa após a nova Resolução do CMN, que limitou o escopo para emissores de CRIs e CRAs, aumentando a procura por papéis isentos de imposto de renda.
Enquanto isso, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 711 milhões, R$ 461 milhões em debêntures incentivadas, R$ 164 milhões em CRIs e R$ 294 milhões em CRAs.
O que mexe com a renda fixa nesta semana?
A semana está cheia para os mercados. Por aqui, na terça-feira (27), o IPCA-15 de fevereiro será divulgado e levará o mercado a revisar suas expectativas quanto ao ritmo da desinflação.
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Na quarta-feira (28) o mercado aguarda o IGP-M de fevereiro, e na quinta-feira (29) o Balanço Orçamentário e a Taxa de Desemprego no Brasil.
Fechando a semana, os investidores iniciam a sexta-feira (1) e o mês de março com foco ao PIB do quarto trimestre de 2023 (4T23). Além disso, saem os dados do PMI Industrial e o Índice de Confiança Empresarial.
Já na agenda internacional, os Estados Unidos iniciam a semana com indicadores voltados para o setor imobiliário, e o restante segue com dados que saem semanalmente.
Na quinta-feira (29), será divulgado o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE, na sigla em inglês), o maior indicador e foco para a semana, além dos pedidos semanais por seguro-desemprego, o que, como de costume, pode mexer com o mercado.
*Com Vitória Pitanga