Boeing

Mercado ainda não reflete potencial da nova Embraer-Boeing

08 mar 2018, 12:10 - atualizado em 08 mar 2018, 12:10
Separar a divisão de defesa do acordo com a Boeing pode ajudar no convencimento do governo para aceitar o negócio

O potencial transformacional de uma nova empresa formada pela Embraer (EMBR3) em parceria com a Boeing ainda não foi bem avaliado pelo mercado, calcula o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (8) após o resultado de 2017 apresentado pela fabricante de aeronaves.

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A brasileira informou que continua a analisar uma possível combinação de negócios entre as duas empresas. “As negociações continuam em andamento e uma eventual estrutura estará sujeita à aprovação do Governo Brasileiro, dos órgãos reguladores nacionais e internacionais e das duas companhias”, acrescentou.

“Reiteramos a nossa recomendação de compra na Embraer, já que a crescente probabilidade de um acordo transformacional e muito positivo ainda não foi totalmente avaliada nas ações”, pontuam os analistas Renato Mimica e Samuel Alves do BTG Pactual. Os papéis da Embraer têm leve alta de 4% em 2018, abaixo dos 11,5% do Ibovespa.

Uma das soluções que está sendo costurada para driblar o receio do governo brasileiro com a operação é a criação de uma nova empresa com a participação de 51% da Boeing com o foco no mercado aeroespacial comercial de jatos, sem incluir a divisão de defesa. “No final do dia, pensamos que as discussões da joint-venture com a Boeing continuarão a direcionar as ações no curto prazo”, explica a equipe do Credit Suisse em uma análise publicada hoje.

O BTG pontua que a parceria com a empresa americana traria novas oportunidades comerciais, maior valor para os consumidores com um portfólio integrado e expansão da rede de atendimento, queda de custos operacionais e um menor custo de capital.

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