Mercadinho do Lula? Governo vai importar 1 milhão de toneladas de arroz e vender com preço tabelado
Após lavouras serem inundadas no Rio Grande do Sul, o Governo Federal publicou algumas medias provisórias que dão estímulos à importação de arroz. Com isso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foi autorizada a importar até 1 milhão de toneladas, que será vendido a preço tabelado pela própria estatal.
Recentemente, o presidente da república, Luis Inácio Lula da Silva, tem feito críticas ao preço do arroz e disse ter adotado as medidas para manter a oferta interna e segurar os preços.
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“Esta semana fiquei meio nervoso porque vi o preço do arroz muito caro no supermercado. No pacote de 5 quilos, no supermercado estava R$ 36, no outro estava R$ 33”, disse Lula, durante evento em São Paulo.
Esta será a primeira vez que o governo irá realizar a importação e a venda dos produtos. O pacote de 2 quilos será vendido por R$ 8 aos supermercados, hipermercados e atacaremos, sendo revendido com controle de preços.
O foco será em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia., já que esses além de serem os maiores consumidores do produto, possuem a maior base nos indicadores de insegurança alimentar e nutricional.
Além das medidas provisórias, no último dia 20, a Câmara do Comércio Exterior (Camex) aprovou a proposta de zerar o imposto de importação.
Produtores se irritam com intervenção do governo
Os produtores é que não ficaram nada felizes com o assunto. Além de acreditarem ser uma medida intervencionista, os representantes do setor estimam que essa medida pode custar bem caro lá na frente, já que 80% já havia sido colhida quando as enchentes começaram.
De acordo com o centro de estudos Cepea, o preço do arroz em casca posto na indústria do Rio Grande do Sul subiu quase 13% no acumulado do mês até a última sexta-feira, para R$ 120,95 a saca de 50 quilos.
Na outra ponta, o governo argumenta que os empresários do setor se aproveitaram do momento para subir o preço do grão, que teve um impulso das redes sociais que alarmava para uma escassez do produto.
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“Não tem por que essa importação intempestiva… ainda com preço subsidiado, porque a R$ 4 que eles querem colocar no saco deverá ter subsídio em torno de 20% no quilo. Parece que veio afundar mais o produtor rural, e justamente em um setor que estava se reabilitando”, afirmou o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, para a Reuters.
*Com informações da Reuters