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Mentorias: Vale a pena investir em um mentor que cobra R$ 200 mil? 

23 fev 2023, 13:27 - atualizado em 23 fev 2023, 13:27
Mentorias
É relativo quando vale ou não a pena arcar com este custo (Imagem: Unsplash/John Schnobrich)

Muitos profissionais, estabelecidos ou não em suas carreiras, se questionam em algum momento se vale a pena fazer mentorias e cursos para alavancar a sua jornada profissional.

Mentorias oferecidas por empresários famosos e bem sucedidos custam até R$ 250 mil ao ano. É o caso da mentoria de empreendedorismo oferecida pela FirstClass e criada pelo fundador da Wise Up, Flávio Augusto, ao lado do especialista em vendas diretas Caio Carneiro e do ex-nadador e treinador Joel Jota.

Mara Turolla, gerente de desenvolvimento de talentos e diversidade da LHH, destaca que é relativo quando vale ou não a pena arcar com este custo.

Ela menciona que é difícil medir o quanto de conhecimento esse profissional adquirirá no processo para dizer se a mentoria está cara ou barata.

Por exemplo, se um empreendedor paga R$ 250 mil ao ano pelos ensinamentos, mas isso resulta em um lucro de R$ 5 milhões para a sua empresa, então, sim, o preço está muito barato.

Cada caso é um caso

De acordo com Turolla, mentorias como a que foi mencionada fogem da realidade da maioria das organizações, e com certeza, abrange muito mais do que apenas uma mentoria, sendo quase uma consultoria de negócio.

“Geralmente, quem faz uma mentoria nesse valor é o empreendedor ou fundador. Então, tem mesmo um valor diferente”, explica.

A especialista da LHH pontua que, no mundo corporativo, o conceito surgiu quando um executivo de alto nível de uma empresa fazia a mentoria para outro executivo ou para um profissional técnico, mais júnior, da mesma empresa.

“Nesses casos, não havia custo nenhum, porque a função da mentoria era inspirar a carreira daquele profissional que está lá. Hoje, ainda existe muito casos como esses, e nós trabalhamos muito ajudando as empresas a montar um programa de mentoria”.

E os meros mortais?

Turolla destaca que os profissionais que são “meros mortais”, que estão no mercado buscando mentoria e principalmente os mais jovens, devem buscar por um outro tipo de mentor.

“Eles devem procurar um outro nível de profissional. E aí, a fama não é tão importante quanto fazer uma boa identificação do que é preciso desenvolver e o que ele está querendo com o processo”.

A especialista diz, ainda, que se o profissional sabe exatamente o que está querendo com a mentoria, pode ser que ele consiga que alguma pessoa da rede de relacionamentos dele, ou da empresa em que ele trabalha, aceite ser o seu mentor dele naquele tema.

*Com InvestNews

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