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Menos casos nos EUA podem colocar piso para ações, diz JPMorgan

06 abr 2020, 8:54 - atualizado em 06 abr 2020, 8:54
Nova York
O número de estados com taxas de crescimento acima de 20% caiu para menos de 10 em relação aos mais de 40 nas últimas duas semanas (Imagem: REUTERS/Mike Segar)

Uma desaceleração do número de novos casos de coronavírus nos Estados Unidos pode ajudar a colocar um piso para as ações e diminuir a volatilidade, de acordo com o JPMorgan Chase.

O índice Cboe Volatility acompanha dados associados à propagação global de casos e mostra uma relação com o número de contágios em estados dos EUA, disseram os estrategistas técnicos Jason Hunter e Alix Tepper Floman em relatório na sexta-feira.

O número de estados com taxas de crescimento acima de 20% caiu para menos de 10 em relação aos mais de 40 nas últimas duas semanas, uma tendência que pode manter pressão sobre o VIX e moderar quedas no mercado acionário, caso essa tendência continue, disseram.

“Com base na recente correlação, a desaceleração do crescimento de casos nesse grupo pode ajudar a fazer pressão de baixa sobre a volatilidade implícita das ações”, escreveram os estrategistas. “Suspeitamos que os mercados possam se ancorar nessas estatísticas, dadas as enormes incertezas associadas a uma pandemia. Até agora, esse provou ser o caso.”

A dupla JPMorgan espera que o S&P 500 se mantenha na casa dos 2.100 pontos, servindo de piso para o mercado neste trimestre. Eles veem os níveis 2.750-2.850 como limites para ralis no período.

O índice fechou pouco abaixo de 2.490 pontos na sexta-feira, tendo caído para a mínima de 2.192 em março.

Nova York registrou o primeiro declínio das mortes diárias de coronavírus no domingo, embora o governador Andrew Cuomo tenha dito que é muito cedo para tirar conclusões a partir desses números.

Nova Jersey, que possui o segundo maior número de casos nos EUA, também mostrou desaceleração da taxa de mortalidade.

“Em Hubei, na China, e Itália, uma taxa de crescimento acumulada sustentada de casos” passa a mostrar um dígito em linha com o desenvolvimento de picos nas curvas epidêmicas, escreveram os estrategistas.

“Como a cidade de Nova York registrou um dos primeiros e grandes surtos nos EUA, suspeitamos que uma desaceleração da taxa de crescimento ao longo da próxima semana poderia ajudar a melhorar o humor do mercado.”