Política

Mendonça assume Justiça e cutuca Moro: “cobrem mais operações da PF, presidente”

29 abr 2020, 19:30 - atualizado em 29 abr 2020, 19:30
André Mendonça
Mendonça, que foi deslocado da Advocacia-Geral da União para a pasta da Justiça, disse que buscará atuar de forma técnica, imparcial e sempre disposto a prestar contas (Imagem: Flickr/Isac Nóbrega/PR)

O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, afirmou na tarde desta quarta-feira que o presidente Jair Bolsonaro pode cobrar dele mais operações da Polícia Federal, em um discurso de posse recheado de cutucadas ao ex-titular da pasta Sergio Moro.

“Vamos fazer operações conjuntas, cobre de nós mais operações na Policia Federal, presidente”, afirmou o novo ministro, em pronunciamento no Palácio do Planalto.

Mendonça, que foi deslocado da Advocacia-Geral da União para a pasta da Justiça, disse que buscará atuar de forma técnica, imparcial e sempre disposto a prestar contas.

Sergio Moro –que pediu demissão o cargo na sexta-feira passada após acusar Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal– foi criticado pelo presidente por supostamente não municiá-lo com informações de inteligência sobre os trabalhos da PF.

No discurso, Mendonça disse que assumiu um compromisso de “combate irrestrito” à criminalidade. Citou que há mais de uma década tem dedicado esforços ao combate à corrupção e que o presidente tem sido há 30 anos um “profeta” no combate ao crime.

Sem citar nominalmente Moro em todo o seu discurso, o novo ministro da Justiça prometeu buscar uma atuação integrada na área de segurança pública com Estados e municípios.

O ex-ministro vinha sendo criticado por alguns dirigentes de entes regionais por supostamente não atuar em conjunto com eles.

Mendonça disse que o sistema de segurança público é único e que é preciso estruturá-lo em uma rede.

Numa cena incomum para solenidades de posse, o novo ministro fez uma espécie de desagravo ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, que era o principal cotado para assumir a pasta da Justiça.

Bolsonaro desistiu de nomeá-lo para o ministério com receio de que a indicação Oliveira –próximo do presidente– tivesse sua escolha barrada, além da falta que Oiveira faria na Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ), também comandada por ele.

Mendonça deixou o púlpito da solenidade e foi pessoalmente cumprimentar Oliveira, exaltando o colega de Esplanada como um exemplo de integridade e sobriedade. O ato motivou fortes aplausos.

Estado de direito

No pronunciamento, o novo ministro defendeu que é preciso instalar no país um verdadeiro estado de direito, com segurança pública.

Entre os compromissos assumidos no discurso de posse, Mendonça citou o estado de direito e seus valores e o combate irrestrito à criminalidade e à corrupção.

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