Memecoins já evaporaram com mais de US$ 120 milhões em uma semana e pode fazer Ethereum (ETH) disparar
Mais de 64.400 Ethers (ETH), ou algo em torno de US$ 120.867.852, foram queimados e retirados de circulação, segundo o site “ultrasound.money” que compila dados extraídos do blockchain. Os impactos podem impulsionar um choque de oferta mais cedo do que os analistas esperam.
A recente onda das criptomoedas meme, ou memecoins, estão diminuindo drasticamente o fornecimento de Ethers no mercado. O motivo se dá pelas recentes atualizações da rede, como “The Merge” e “Shapella”, que tornam o token deflacionário.
- Entre para o Telegram do Crypto Times!
Acesse as notícias do mundo cripto em tempo real. Clique aqui e faça parte!
Como as memecoins podem fazer o Ethereum (ETH) disparar?
Toda transação dentro da rede blockchain, requer um pagamento de taxas no token nativa. No caso do Ethereum, esse “gás” como é chamado, trata-se do Ether. A questão é que, com as atualizações, não existem mais novos tokens emitidos na rede, e a cada nova transação uma parte do fornecimento é destruído.
As transações separam uma parte destas taxas para os validadores da rede, os participantes do “staking”, a renda passiva. A outra parte é enviada para um endereço morto, inacessível, e não pode mais ser acessado.
Desde a atualização, setembro do ano passado, já foram retirados do mercado mais de 207 mil tokens, ou cerca de US$ 388 milhões. O valor na última semana representa quase a metade de toda a retirada de oferta.
O objetivo é justamente gerar um choque de oferta no futuro, que com a onda das memecoins pode vir mais cedo que o imaginado segundo Paulo Camargo, analista de criptoativos da Empiricus Research.
Conforme Camargo, não apenas o Ether pode ser beneficiado, mas também todo ecosistema da Ethereum, como as corretoras descentralizadas que negociam as memecoins.
A grande movimentação da rede também aumenta a quantidade exigida de taxas para realizar as transações. Isso porque a demanda por validação aumenta a oferta do “gás”.
Existem três tipos de taxas definidas, a rápida, onde o usuário pode escolher pagar mais para ter prioridade sobre outros; a preço de mercado e a mais lenta, em que o usuário deseja pagar menos sabendo que pode demorar mais para que sua transação seja concluída.
Todavia, quanto maior a demanda, maior o preço das três taxas.
Veja o exemplo: Imagine que João quer mandar 1 BTC para Maria. Ele define um limite em que deseja pagar no máximo US$ 5 aos validadores (na taxa média). No entanto, do outro lado do mundo, Pedro quer enviar 1 BTC para Amanda e paga US$ 15 ao validador que desejar incluir sua transação. Assim, a transação de Pedro terá prioridade em relação à de João. Com isso, Amanda receberá primeiro.