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Méliuz (CASH3): Por que o BTG vê um ‘fator Nubank’

06 ago 2022, 15:21 - atualizado em 06 ago 2022, 15:21
Méliuz
Méliuz tem R$ 504 milhões em caixa. (Imagem: Facebook da Méliuz)

O BTG Pactual disse ver a Méliuz (CASH3) como um “claro alvo” de operação de fusão ou aquisição. Para analistas da instituição, a companhia poderia ser comprada por empresas como Nubank (NU) “ou mesmo grandes bancos”.

“Não ficaríamos surpresos se oferecessem um prêmio de 100% sobre o preço atual das ações”, diz trecho de relatório assinado por Eduardo Rosman e equipe.

Méliuz é negociada a R$ 1,30 e o BTG acha que a ação pode chegar a R$ 2, em projeção que representa um corte de preço-alvo em relação ao R$ 3,30 estabelecido anteriormente.

“O cenário atual se mostrou mais desafiador do que esperávamos inicialmente, especialmente para o novo negócio de cartões, pois a deterioração do ciclo de crédito exigiu que a Méliuz adotasse uma postura mais cautelosa na originação”, disse o BTG.

O banco avaliou que a aquisição do Bankly demorou mais do que o esperado para ser aprovada pelo Banco Central.

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Melhora pós-IPO

Para o BTG, a Méliuz melhorou muito desde o IPO, “com equipes mais robustas e aumento de capital”.

O banco destacou que houve uma desaceleração no crescimento do e-commerce no Brasil, levando o GMV a ficar 14% aquém das expectativas no segundo trimestre (alta anual de 38%).

“Ainda assim, dado o bom desempenho da empresa, nossas projeções de receita para 2022-23 estão 73% e 98% acima do que tínhamos logo após o IPO, respectivamente”.

Méliuz deve ter R$ 413 milhões em receita neste ano e R$ 605 milhões em 2023, quando a empresa reverteria um prejuízo de R$ 37 milhões que pode ter neste ano em lucro R$ 2 milhões, segundo o BTG.

Os analistas do banco lembram que a companhia tem R$ 504 milhões em caixa, considerada uma posição forte.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.