Méliuz (CASH3): O que agrupar e desdobrar ações muda para a companhia? E para o investidor?
Os investidores da Méliuz (CASH3) podem esperar diminuição na liquidez das ações. É o que afirma o analista da Benndorf, Niels Tahara, ao afirmar que a proposta de agrupamento e desdobramento de ações, anunciada na segunda-feira (27), pode reduzir o número de papéis em circulação.
Apesar do baque na liquidez, o analista destaca que agrupar ou desdobrar ações não afeta diretamente os fundamentos da companhia. “Os fundamentos estão ligados aos aspectos financeiros e operacionais que a sustentam a longo prazo”, diz o analista.
A Méliuz propôs o agrupamento de ações na proporção de uma para cem e o desdobramento de uma ação para dez. O movimento foi realizado com o objetivo de reduzir o custo administrativo, uma vez que muitos investidores possuem menos de um lote de ações — equivalente a cem ações.
No pregão desta terça-feira (28), após o anúncio, as ações CASH3 lideravam as quedas do Ibovespa. Por volta das 14h, os papéis recuavam 3,96%, valendo R$ 0,97.
Tahara, no entanto, explica que o impacto da proposta é “neutro” no papéis. O movimento de queda, segundo ele, está associado a uma correção e a continuidade de um “cenário desafiador”, principalmente para empresas de tecnologia que necessitam de bastante capital para sustentar o crescimento.
O que monitorar em Méliuz?
Para os analistas do UBS BB, o destaque para a Méliuz é a aliança estratégica com o Banco Votorantim (BV). A parceria foi anunciada em dezembro e teve os termos discutidos na última semana.
O analista da Benndorf também afirma que a aquisição do BV é o fator mais relevante, uma vez que possibilitaria a companhia expandir seus serviços sem maiores pressões no caixa.
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“O desafio para a companhia ainda é grande, dado o aumento da concorrência, o fim da grande liquidez no mundo e o pior momento macroeconômico”, diz. Devido ao cenário desafiador, Tahara recomenda ficar fora da posição em CASH3.