Carteira Recomendada

Veja a melhor carteira recomendada de maio

02 jun 2018, 9:00 - atualizado em 02 jun 2018, 8:58

Por Investing.com – A sequência de notícias negativas que derrubou o Ibovespa em maio pressionou fortemente os resultados das carteiras recomendadas para o mês. Todos os 23 portfólios acompanhados pelo Investing.com Brasil registraram prejuízo, que variou entre -5,8% e -14,2%.

A bolsa foi tomada por um sentimento negativo com o aumento do dólar e a aversão global a risco, que marcou a retirada de investimentos em países emergentes. Apesar da atuação mais decisiva do BC, a moeda terminou o mês com valorização de 6,66% aos R$ 3,74, maior alta desde setembro de 2015.

O cenário também fez o Copom surpreender e não baixar a Selic para os 6,25%, como era amplamente aguardado pelo mercado.

Na segunda metade do mês, a greve dos caminhoneiros derrubou as ações do varejo e de exportadores agrícolas ao travar as estradas para portos e o abastecimento de ração, combustível e alimento.

A maior decepção do mercado, contudo, foi a reação da Petrobras (PETR4), que se dobrou à política e unilateralmente anunciou a redução dos preços do diesel. A percepção de que a política tomou conta da diretoria comandada pelo até então considerado independente Pedro Parente provocou um sell-off nas ações da petroleira.

Parente e agentes do governo tentaram minimizar a situação tentando descolar a decisão da empresa do Planalto, mas o estrago já estava feito. Os investidores, que levaram a ação à máxima de oito anos a R$ 27,54 em 17 de maio – embalados pela desalavancagem, política de preços, balanços e o anúncio de dividendos – fugiram do papel e impuseram perdas de 17,4% no mês, ou 31% de sua máxima.

Ibovespa (IBOV) terminou o mês com perdas de 10,9% aos 76.753 pontos, com apenas 10 dos 67 papéis listados registrando ganhos.

Spinelli contém perdas e lidera recomendações

O tombo do mercado levou todas as 23 carteiras recomendadas acompanhadas pelo Investing.com Brasil ao terreno negativo em maio. Entre as recomendações, 15 conseguiram atenuar as perdas e ficaram acima dos -10,9% do Ibovespa, enquanto 8 cederam mais do que benchmarking.

A Spinelli conseguiu limitar a desvalorização das carteiras dos investidores ao apostar em Carrefour (CRFB3), Ser Educacional (SEER3) e Vale (VALE3), que subiram 5,6%, 4,2% e 4,0% em maio, respectivamente, e atenuaram o recuo dos demais ativos.

Os piores desempenhos da carteira da Spinelli foram a Itaúsa (ITSA4) e Petrobras, que afundaram mais de 17% no mês.

A segunda melhor carteira ficou com a Nova Futura, que garantiu nas altas da Vale (VALE3), Suzano (SUZB3) e Magazine Luiza (MGLU3) um desempenho acima do Ibovespa. A recomendação recuou 6,2%.

Líder de indicações, Petrobras afunda carteiras

A petroleira liderou as indicações ao aparecer em 13 das 23 carteiras recomendadas e acabou contribuindo para a derrocada do mercado. Ao relembrar sua face política aos investidores, a companhia recuou 17,4%.

As financeiras Itaú (ITUB4), B3 (B3SA3) e BB (BBAS3) também figuraram entre as principais recomendações, com 10, 9 e 6 sugestões, nesta ordem, decepcionaram, com perdas entre -14% e -17%.

Entre as 10 mais indicadas, somente a Suzano (+5%), Vale (+4%) e o IRB Brasil (IRBR3) (+1,9%) registraram ganhos no mês.

O melhor ativo recomendado no mês foi o ETF do S&P 500 negociado na B3 com o código IVVB11 e indicado pelo Santander, que avançou 10%. O papel surfou na valorização do dólar e impulsionou os ganhos de quase 3% do índice em Nova York.

A Metal Leve (LEVE3) ficou com o segundo melhor desempenho, com +10%, indicada apenas pela Coinvalores; seguida pelo Carrefour (+5,6%), no portfólio da Spinelli.

A maior decepção foi a Azul (AZUL4), que afundou 27% com a pressão da falta de combustível nos aeroportos e o pedido de falência da Triunfo, operadora de Viracopos, sua principal base. A aérea constava nas indicações da Coinvalores e da Guide.

Veja abaixo todas as recomendações para maio:
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*O Investing.com Brasil utiliza como padrão para análise de desempenho das carteiras a comparação entre os preços dos ativos no fechamento do pregão de 30 de abril e o do fechamento de 30 de maio. Algumas recomendações utilizam outros valores e datas de entrada nos papéis e, por isso, podem apresentar resultado mensal diferente do calculado pelo Investing.com Brasil.