Medo de recessão intimida mercados e petróleo cai 6% na semana
Apesar da tentativa da Opep+ de estabelecer um ‘piso’ para o petróleo, o pessimismo dos mercados com a chegada de uma recessão econômica preponderou ao fim dos pregões da semana.
Às 17h30, o WTI (referência americana) e o Brent (referência internacional) futuros operavam em queda de 2,37% e 2,88%.
Com o pregão da sexta-feira, o petróleo internacional terminou cotado a US$ 95/barril, uma perda de 6% com relação ao início da semana.
Brent a US$ 100/barril ao fim de 2022 e falta de investimentos em prospecção
Apesar da pressão de baixa que predominou durante a semana nos mercados, o UBS Group, empresa de serviços financeiros com sede em Zurique, mantém a projeção de US$100/barril para o trimestre final de 2022, citando o corte de 2 milhões de barril por dia anunciados pela Opep no início do mês.
O grupo justifica a previsão de preços também pela persistência de falta de investimentos na prospecção e produção da commodity, com queda do capex (despesas de capital em investimento) sendo identificada na maioria dos países que compõem a Opep.
Mesmo em países produtores não alinhados ao cartel, como é o caso dos EUA, não se verifica uma tendência robusta de aumento no capex, o que pode ameaçar as projeções de preço no longo-prazo.
Defasagem de preço da gasolina chega a 12%
De acordo com o levantamento diário da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem do preço da gasolina frente ao preço médio praticado hoje no Brasil é de 12%. O número chega a 16% para o diesel.
A ausência de resposta da Petrobras ante a defasagem tem levantado suspeitas sobre pressões vindas do Executivo para represamento do preço.
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