Medo de ficar de fora? Como o FOMO afeta sua carteira de investimentos
Medo de ficar de fora? Quem nunca. Caso já tenha se deparado com o termo FOMO — Fear of Missing Out — é justamente o sentimento que pode abater muita gente nas mais variadas esferas da vida: carreira, trabalho, pessoal e claro: também pode ocorrer no mercado de investimentos.
O investidor precisa ficar atento para que o FOMO não prejudique a rentabilidade de sua carteira de investimentos — sobretudo em momentos de elevada volatilidade e incerteza econômica, como o cenário atual no Brasil.
“Normalmente em um cenário otimista, como o ocorrido no início do ano, costuma-se tomar posições mais arriscadas. E é aí que se pode esconder o problema, caso o investimento não seja tomado de forma consciente e controlada”, explica Andressa Siqueira, da Magnetis, em entrevista ao Money Times.
Para deixar o “medo de ficar de fora”, o efeito manada e até mesmo a inércia somente no retrovisor, o Money Times teve uma conversa exclusiva com Andressa Siqueira, especialista em investimentos da Magnetis, primeira gestora digital de investimentos do Brasil que usa a tecnologia para montar carteiras inteligentes de acordo com cada perfil.
No final do do dia, o que todo mundo quer é ter mais dinheiro, mas com o Ibovespa (IBOV) operando no negativo no acumulado do ano (rondando os 110 mil pontos), as implicações decorrentes do FOMO podem corroer ainda mais o bolso do investidor.
“Existem dois comportamentos que o investidor — sobretudo os novatos — podem acabar caindo: o efeito manada, que basicamente é seguir a maioria sem saber o que está fazendo [o que pode levar o investidor a comprar ativos na alta e vende-los na baixa, tomando prejuízos]; e a inércia, quando pelo excesso de informação o investidor não consegue tomar nenhuma atitude e pode deixar escapar alguma oportunidade”, explica.
Importante ter em mente, segundo Andressa, é que nem sempre a grama do vizinho é tão verde assim. Vale mais ter uma estratégia bem definida e com objetivo claro de onde o investidor deseja chegar.
“Durante a euforia nos mercados, seja ela positiva ou negativa, é melhor tomar um passo atrás. É preciso separar o que que é uma oportunidade, o que que é só um momento de mercado, pois muitas vezes são confundidas”, considera a especialista, ao citar também a insegurança como um fator que influencia o comportamento do investidor.
Luz no fim do túnel
Uma solução apontada pela especialista de investimentos da Magnetis para driblar os efeitos adversos do FOMO, “o medo de ficar de fora”, é o investidor desenvolver a visão de longo prazo.
“Um dos riscos do curto prazo ao investidor é o giro constante da carteira em busca da rentabilidade, chegando em alguns casos, ao ponto da ilusão, em que o investidor pensa que teve uma boa performance, mas que na realidade, foi preciso pagar várias taxas e Imposto de Renda sobre tais operações”, adverte.
Existem gatilhos para blindar a carteira, como delegar os investimentos à gestão de um especialista, serviço oferecido pela Magnetis e demais gestoras presentes no mercado brasileiro.
No caso particular da Magnetis, a gestora faz uso de algoritmo que realiza a análise de mais de 20 mil ativos do mercado financeiro.
Na outra ponta, a especialista também fornece o passo-a-passo para quem deseja estar no controle dos próprios investimentos:
“A pessoa que é investidora deve construir uma estratégia sólida, isenta e imparcial no processo de alocação, em que fatores psicológicos não afetem sua tomada decisão final. A dica é ter um processo mais qualitativo [entender o ativo, seus fundamentos, risco x retorno]. Adotando tais cuidados o investidor já estará 90% mais seguro que a média do mercado financeiro”, conclui.
Disclaimer
O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.