Medo de estagflação atinge maior patamar desde crise financeira de 2008, diz BofA
Os temores de estagflação estão no patamar mais alto desde a crise financeira de 2008, enquanto o otimismo com o crescimento global caiu para nível recorde, de acordo com pesquisa mensal com gestores de fundos feita pelo Bank of America.
As expectativas de lucro global também caíram para os níveis de 2008, com os estrategistas do BofA notando que as baixas anteriores nas expectativas de lucro ocorreram durante outras grandes crises de Wall Street, como a falência do Lehman Brothers e o estouro da bolha das pontocom.
A pesquisa do BofA, que incluiu 266 participantes com US$ 747 bilhões sob gestão na semana até 10 de junho, terminou antes que os dados de inflação dos EUA na sexta-feira “estragassem” as esperanças de o Fed interromper seu ciclo agressivo de aumentos de juros, segundo estrategistas liderados por Michael Hartnett.
“O sentimento de Wall Street é terrível, mas não há grande baixa nas ações antes da grande alta nos rendimentos e na inflação, e a última exige um Fed hawkish em junho e julho”, escreveu Hartnett.
Os resultados – incluindo 73% dos entrevistados esperando uma economia mais fraca nos próximos 12 meses – fornecem informações sobre as alocações e o sentimento dos gestores de fundos logo antes do S&P 500 entrar em bear market na segunda-feira depois que o aumento da inflação nos EUA alimentou os temores de uma ação mais forte do Fed.
Em termos de posicionamento, os investidores estão comprados em dólar americano, commodities, saúde, ações de alta qualidade e valor, e vendidos em títulos, ações europeias e de mercados emergentes, tecnologia e ações de consumo.
Os bancos centrais hawkish foram vistos como o maior risco de cauda para os mercados entre os investidores, seguidos pela recessão global.
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