Internacional

Economia global perde com novas tarifas, diz Haddad

11 fev 2025, 19:59 - atualizado em 11 fev 2025, 19:59
Ministro Fernando Haddad 29/01/2025 REUTERS/Adriano Machado
Ministro Fernando Haddad 29/01/2025 REUTERS/Adriano Machado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que medidas unilaterais como as novas tarifas de importação sobre aço e alumínio implementadas pelo governo dos Estados Unidos são contraproducentes para a economia global.

“Observamos as reações do México, do Canadá, da China a esse respeito. Mas, enfim, a avaliação é de que medidas unilaterais desse tipo são contraproducentes para a melhoria da economia global. A economia global perde com isso, com essa retração, com essa desglobalização”, disse em entrevista a jornalistas na Fazenda.

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Haddad afirmou que ainda não tem avaliação sobre o impacto das tarifas efetivadas pelo presidente do país norte-americano, Donald Trump, sobre o Brasil e também não sabe qual a disposição do governo dos EUA em discutir sobre o tema.

Contudo, o ministro lembrou que o governo norte-americano recuou em relação a tarifas semelhantes em 2018, optando por um sistema de cotas de importação, e destacou a atuação do Brasil no cenário econômico global.

“Isso não significa defender a velha globalização, que trouxe outros desequilíbrios, mas defender um tipo de globalização sustentável do ponto de vista social, do ponto de vista ambiental. Mas nós estamos na linha do que nós propusemos no G20. O Brasil liderou o G20 até o ano passado e nós estamos imaginando voltar para a mesa de negociação com propostas nessa direção”, afirmou.

Trump assinou na segunda-feira proclamações elevando as tarifas sobre as importações de aço e alumínio para 25% “sem exceções ou isenções”. A medida entra em vigor em 12 de março.

Segundo Haddad, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços está organizando informações sobre o tema para que uma reunião seja agendada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Ministério das Relações Exteriores também está envolvido nas discussões que avaliam qual será o próximo passo do governo federal.

O ministro afirmou que ainda não debateu o tema com os setores de aço e alumínio, mas que deve se reunir com representantes dos segmentos depois que voltar de uma viagem ao Oriente Médio.

reuters@moneytimes.com.br