Medida para cheque especial não visou tabelamento de taxas, diz Campos Neto
Ao discursar na Febraban nesta segunda-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a medida recente da autarquia para o cheque especial, que implicou a fixação de um teto de 8% ao mês para os juros cobradas nessa modalidade de crédito, não teve como objetivo “tabelar taxas”.
“Medida direcionada ao cheque especial foi altamente embasada em questões técnicas, já vinha sendo discutida com os bancos”, afirmou Campos Neto ao participar de almoço de final de ano da Febraban.
A entidade, que representa os bancos, criticou na semana passada a medida do BC, que também autorizou os bancos a cobrarem uma tarifa para a disponibilização de limite de cheque especial superior a 500 reais. Em nota, a Febraban afirmou ver com preocupação “a adoção de limites oficiais e tabelamentos de preços de qualquer espécie”.
Nesta segunda, Campos Neto destacou que o Banco Central considera importante reduzir o custo da intermediação financeira e ponderou que grande parte do movimento de queda de juros tem chegado ao consumidor.
Campos Neto reiterou, ainda, que o câmbio do país é flutuante e que o Banco Central só atua quando vê necessidade de uma intervenção