May enfrenta crise de confiança em meio a Brexit
Após decidir por postergar a votação na câmara dos Comuns acerca da saída do Reino Unido da UE (União Europeia), a primeira-ministra Theresa May enfrenta possivelmente uma das maiores crises de seu governo, tendo em vista que 48 correlegionários de seu próprio partido enviaram cartas ao presidente do comitê, Graham Brady, sobre a insatisfação de ter May como líder.
Em resposta ao movimento, a primeira-ministra afirmou em nota que “contestará o voto com todas as forças que tiver”, ao se referir sobre a votação que poderá tirá-la do poder. A votação será realizada nesta quarta-feira (12), entre 18h00 e 20h00 (equivalente a 16h00 e 18h00 no horário de Brasília).
Hard work
Muitos críticos do governo de May veem uma possível traição frente a intenção de concretizar o Brexit, a medida que a primeira-ministra adiou a votação para a saída do Reino Unido da UE e destacou a cláusula que prevê uma união aduaneira provisória entre as regiões, para amenizar o efeito da saída, além da salvaguarda com o intuito de evitar uma fronteira entre as duas Irlandas.
Permanecendo de seu lado, Jeremy Hunt, ministro das Relações Exteriores, declarou em seu Twitter que May realiza “atualmente o trabalho mais difícil” e que “a última coisa que o país precisa é um processo (interno) longo e prejudicial”.