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Mater Dei reforça liderança com segunda aquisição pós-IPO; ações podem decolar 50%, diz BTG

22 nov 2021, 16:32 - atualizado em 22 nov 2021, 16:33
Mater Dei
Aquisições do Mater Dei reforçam liderança do grupo no país (Imagem: Facebook/Rede Mater Dei de Saúde)

A aquisição do hospital e do centro de tomografia em Minas Gerais pelo Hospital Mater Dei (MATD3) reforça a liderança de mercado do grupo no estado mineiro, afirma o BTG Pactual nesta segunda-feira (22).

O grupo anunciou a compra de 99,6% do Hospital Santa Genoveva e de 100% do Centro de Tomografia Computadorizada Uberlândia por R$ 309 milhões — equivalente a 5% do valor de mercado da companhia —, aumentando sua participação em Minas Gerais.

A aquisição é a segunda do Mater Dei desde o IPO e, na avaliação do BTG, reforça a tese de ascensão do grupo. O banco reiterou a recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 23 — potencial alta de aproximadamente 50%.

Apesar da visão otimista do BTG, por volta das 16h desta segunda, as ações do grupo hospitalar caíam 1,54%, cotadas a R$ 15,34, enquanto o Ibovespa (IBOV) recuava 0,48%.

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Aquisições e estratégia de integração

Com receitas combinadas de R$ 160 milhões e 204 leitos — 10% do total de leitos do Mater Dei —, a negociação do hospital e do centro de tomografia foi precificada em duas vezes as receitas e R$ 1,5 milhão/leito. Segundo o BTG, com base nessas métricas, a operação ficou “bem abaixo dos negócios anteriores no setor”.

Dividindo a participação de mercado da cidade de Uberlândia obtida pela operadora HC, o banco acredita que a Unimed Uberlândia é o player mais relevante da região (com 29% de participação), seguido pela NotreDame Intermédica (16,5%), Hapvida (9,4%), Amil (7,7%), CNU (7,1%), Bradesco (4,8%) e SulAmérica (3,4%).

Usando quase todo os recursos levantados em seu IPO — R$ 1,18 bilhão — com as aquisições, todos os olhos agora se voltam para a estratégia de integração desses ativos, segundo o banco.

O BTG acredita que, se bem integrado, o lado positivo parece considerável, impulsionado pela “história de consolidação que já está se desenrolando e de uma avaliação com desconto contra outros consolidadores”.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.