Mastercard promete elevar número de líderes negros em 50%
A Mastercard prometeu melhorar a diversidade em cargos de liderança e planeja aumentar o número de líderes negros no nível de vice-presidente e acima em 50% até 2025.
A empresa também conduzirá uma revisão de pagamentos e “ecossistemas adjacentes” em busca de parcialidades e iniquidades na forma como atende às comunidades negras, disseram o CEO Ajay Banga e o presidente Michael Miebach em memorando para funcionários na quinta-feira.
A empresa também prometeu promover os direitos humanos no uso de sua rede, principalmente em questões que afetam a comunidade negra.
“Por mais de 50 anos, a Mastercard tem sido uma forma confiável de pagamento”, disseram Banga e Miebach no memorando. “Mas também sabemos que o sistema financeiro mais amplo está repleto de inconsistências, injustiça e exclusão. Precisamos expandir o que estamos falando quando dizemos ‘integridade de nossa rede’ para garantir que nossa tecnologia esteja beneficiando a todos.”
No mês passado, empresas do setor financeiro e de outros segmentos se viram obrigadas a abordar a discriminação racial. As medidas seguem protestos após assassinatos de afro-americanos, como George Floyd, Breonna Taylor e Ahmaud Arbery, que levaram a manifestações em todo o país e à crescente conscientização sobre o racismo sistêmico nos EUA.
Até 2025, a Mastercard aumentará o valor gasto com fornecedores negros em mais de 70%, para US$ 100 milhões por ano, que incluem contratos com fabricantes, prestadores de serviços e escritórios de advocacia, de acordo com o memorando. A rede também fortalecerá o veto contra o trabalho forçado em suas cadeias de suprimentos.
Durante reunião anual de acionistas da Mastercard neste mês, Banga disse que os funcionários pediram que a empresa fosse líder no combate ao racismo sistêmico. O comitê de gestão de 30 pessoas da Mastercard não possui membros negros, e a empresa possui apenas um diretor negro.
“Estamos aprimorando nosso programa de talentos de ponta a ponta para garantir o recrutamento, desenvolvimento e retenção de funcionários negros em todos os níveis”, disseram Banga e Miebach no memorando.