Marrocos também está batendo um bolão na economia e desperta o Brasil
Na ponta Ocidental do chifre da África, o Marrocos vem despertando cada vez mais a sua economia, atrai mais empresas e investimentos, e precisa despertar mais o interesse do Brasil.
O país tem uma área de 446,5 mil km2, localizado no Norte da África, com uma população de aproximadamente 38 milhões de habitantes (2021) e um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 143,5 bilhões.
O PIB per capita em 2021 foi de US$.3.763,00, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O país tem uma economia diversificada, com indústrias fortes na agricultura, turismo e manufatura.
De Marrakech ao mundo
Nos últimos anos, há um expressivo crescimento no número de empresas de tecnologia existentes, atingindo mais de 2 mil startups, no primeiro semestre de 2022.
A economia marroquina permanece sólida devido as exportações, no “boom” do investimento privado e no turismo.
Devido à pandemia da Covid-19, em 2019, o país teve a primeira recessão desde 1995. A economia se recuperou e cresceu 5.7% em 2021 e a previsão para 2022 é de um crescimento de 3,1% e em 2023 de 3,7%, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.
O Marrocos possui uma localização estratégica em termos geográficos, está situado entre Europa, África e Oriente Médio.
Brasil e Marrocos
As exportações brasileiras para o Marrocos somaram de janeiro a novembro de 20222 valor de US$ 1,009 bilhão e as importações no mesmo período alcançaram a US$ 2,033 bilhões, com déficit comercial para o Brasil de US$ 1,024 bilhão.
Os principais produtos exportados pelo Brasil em 2022 foram animais vivos, produtos químicos, máquinas e equipamentos de transporte, bebidas, celulose, melaços, carnes de aves frescas, congeladas, açúcar, cereais, principalmente soja e milho, pimenta do reino, café, trigo, tabaco, veículos, equipamentos médicos e odontológicos, máquinas agrícolas como colheitadeiras e pulverizadores.
Na outra mão, o Marrocos vende ao Brasil pescados, como a sardinha e principalmente fosfatos e fosfatados, matéria-prima dos fertilizantes.
O Brasil pode ampliar mais o mercado marroquino, exportando cafés especiais, frutas tropicais, material genético animal avícola (ovos férteis e pintos de um dia) e bovino, erva mate, castanha de baú, castanha do Brasil, açaí e máquinas e implementos agrícolas.
O Marrocos tem acordos de livre comércio com a União Europeia, Estados Unidos e países árabes.
Do lado contrário, há possibilidade de importar frutas vermelhas congeladas, azeite de oliva, azeitonas em conserva e óleo de argan, tanto para a culinária quanto para o setor de cosméticos.
A OCP- Companhia Office Chérifiendes Phosphates, a maior empresa de fertilizantes do Marrocos está presente no Brasil.
Concluindo, o Marrocos é um país a ser observado pelos empresários de comércio exterior por seu mercado e por ser também um hub para reexportação.