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Marmita é companheira de 65% dos trabalhadores brasileiros; desde 2020, vale-refeição dura apenas 13 dias

04 ago 2022, 16:36 - atualizado em 04 ago 2022, 16:52
Segundo pesquisa da Sodexo, apenas 14,68% das pessoas optam por comer em restaurante por quilo (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Com refeição custando em média R$ 40,64, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), a marmita se consolida como companheira de mais da metade dos trabalhadores brasileiros.

Segundo pesquisa da Sodexo Benefícios e Incentivos, realizada com 3.931 pessoas em todo país entre os dias entre os dias 13 e 15 de julho, 65% delas costumam levar a quentinha para o trabalho.

Além da companhia, o marmitex passa a ser também o principal aliado daqueles que precisam economizar para manter o orçamento em dia.

“Vivemos em um cenário inflacionário muito desafiador que atinge diretamente o setor de alimentos e, consequentemente, o bolso do trabalhador brasileiro que precisa separar nove dias do orçamento para as refeições. Isso porque o crédito do benefício do vale-refeição passou de uma durabilidade de 18 dias em 2019 para o de apenas 13 dias desde 2020 – efeito justamente dessa alta dos preços”, pontuou o Diretor de Relações Institucionais e de Responsabilidade Corporativa da Sodexo Benefícios e Incentivos, Willian Tadeu Gil.

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Inflação é um prato cheio para a marmita?

Quase como um bicho-papão do orçamento dos brasileiros, a inflação não é a maior incentivadora para os marmiteiros.

A pesquisa revela que ela já era adota pelo trabalhador antes do avanço inflacionário, com 33,15% afirmando terem o hábito de levar a comida pronta de casa por considerar ser essa uma refeição mais barata.

Mas não é somente uma questão de bolso, 25,36% entrevistados afirmaram terem o hábito de levar marmita por preferirem a comida caseira, ultrapassando os que passaram a levar marmita após a alta dos preços (22,82%).

Apenas 18,67% declararam que mesmo com o aumento dos valores preferem comer em restaurante.

Desse que os costumam almoçar em restaurantes, 17,22% optam pelos que oferecem o prato feito, seguido pela pessoas que optam por comer em restaurante por quilo (14,68%) e em restaurantes à la carte (3%).

A frequência da quentinha

A pesquisa também analisou com que frequência a opção da marmita é utilizada na semana. Para 51,72%, sempre; 20,63%, de duas a três vezes por semana; 20,27%, nunca e apenas 7,38%, uma vez por semana.

Entre os dias da semana, o sábado (55,23%), a sexta-feira (43,27%) e a segunda-feira (27,04%) são quando não preferem levar marmita; na sequência aparece a quarta-feira (15,85%); quinta-feira (14,83%) e terça-feira (13,43%).

Mas, comer fora não é totalmente descartado. Quando se trata do lazer do final de semana, 43,28% afirmam que ainda continuam frequentando restaurantes, mas não como antes.

Em um cenário ainda mais restrito, 40,52% declaram que não frequentam mais restaurantes por não terem mais condições financeiras para isso e, de maneira menos expressiva, 16,21% continuam frequentando restaurantes normalmente.

Revendo os benefícios

Para o Gil, é importante que as empresas se mantenham atentas ao cenário atual para ajustar sempre que necessário o valor do benefício aos seus colaboradores a fim de cobrir os dias úteis.

O executivo lembra que a oferta de benefícios ao trabalhador é questão de estratégia de negócio na atração e retenção dos melhores talentos, tanto que no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, companhias de todos os portes aumentaram, em média, 4,20% o valor do crédito do vale-refeição e 8,82% do vale-alimentação.

“É por meio dele que as pessoas encontram a oportunidade de manterem uma alimentação balanceada e de qualidade, condição para a manutenção da saúde e de sua boa produtividade”, ressalta.

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