Marisa (AMAR3): Conselho aprova emissão de R$ 90 milhões em debêntures
A Lojas Marisa (AMAR3) informou nesta quinta-feira (13), em fato relevante divulgado ao mercado, que seu conselho de administração aprovou a sétima, oitava e nona emissões de debêntures da companhia, para colocação privada unicamente junto aos acionistas controladores, no valor de R$ 90 milhões.
As emissões foram integralmente subscritas e pagas hoje, informou a varejista.
As emissões correspondem a debêntures simples, não conversíveis em ações e em série única, com algumas características importantes de subordinação. Possuem prazo de vencimento de sete anos, prazo de carência de cinco anos para pagamentos de juros e principal e remuneração mensal equivalente à taxa CDI+3% ao ano.
De acordo com a Marisa, os recursos serão integralmente utilizados para o aumento de capital da MPagamentos, “reenquadrando o braço financeiro da companhia nos parâmetros operacionais determinados pelo Banco Central do Brasil”.
A captação faz parte do mais novo plano de reestruturação da companhia. Ao longo dos últimos anos, a companhia engatou diversos processos de reestruturação, levando a uma série de mudanças no quadro da diretoria executiva – movimento bem parecido com o que a varejista está vivendo atualmente.
Ação abaixo de R$ 1
No início da semana, a Marisa recebeu um ofício da B3 (B3SA3) acerca das ações da companhia, negociadas abaixo de R$ 1 cada.
De acordo com a B3, no período de 9 de fevereiro de 2023 e 24 de março de 2023, as ações ordinárias de emissão da Marisa permaneceram cotadas abaixo de R$ 1 a unidade.
Além do dever de divulgação da notificação, a B3 pediu que a empresa reportasse os procedimentos e o cronograma que serão adotados para enquadrar a cotação das ações de sua emissão, tomando as medidas cabíveis para enquadrar a cotação de suas ações acima de R$ 1 até 27 de setembro de 2023 ou até a data da primeira assembleia geral convocada após o recebimento desta notificação, o que ocorrer primeiro.
Como resposta à notificação, a varejista disse que acredita que os resultados do seu novo plano de reestruturação devem ser suficientes para “os investidores no mercado acionário reconhecerem o valor implícito e elevarem a cotação das ações acima de R$ 1”.