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Marink Martins vê otimismo exagerado com Ibovespa e recomenda cautela

19 jan 2019, 13:30 - atualizado em 21 jan 2019, 17:44
(Crédito: Divulgação/Bovespa)

Por Investing.com – Indo em sentido oposto a grande maioria dos analistas de mercado, Marink Martins, da MyCap, está cético quanto ao desempenho do Ibovespa em 2019. Para ele, um dos principais pontos é que o potencial de ganhos de curto prazo não parece ser tão atrativo. E por isso recomenda cautela aos investidores.

Martins chama a atenção às análises que apontam o Ibovespa fechando o ano entre 110 mil e 125 mil pontos, considerando o cenário de aprovação da reforma da Previdência ainda no primeiro semestre do ano. O potencial de ganho, levando o patamar médio de 117,5 mil pontos, é de 22%, montante é reduzido significativamente em um cenário de probabilidade mais conservadora da reforma previdenciária.

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A grande questão para ele é que é uma tolice estabelecer uma probabilidade da aprovação, sendo perigoso acreditar que as normas serão aprovadas no Congresso sendo que a proposta nem mesmo foi apresentada.

Martins também considera que o “valuation” das ações brasileiras é relativamente alto, o que deve fazer com que compradores marginais ainda esperem para se posicionar. “Observe que nos últimos meses o IBOV surpreendeu a todos e registrou a melhor performance relativa em termos globais”, explica o analista em artigo. “Chegamos a um ponto em que a taxa de juros paga pelos títulos soberanos brasileiros se aproxima da taxa mexicana, sendo que há um enorme diferencial no que diz respeito a classificação de risco entre os dois países”.

Ele chama a atenção ainda para o fato de que existe uma gama de fundos indexados a mercados emergentes que, por uma questão matemática de alocação, terão que vender ativos brasileiros em busca de um enquadramento adequado.

O terceiro ponto para o ceticismo de Martins é a alta probabilidade de elevação no peso das ações chinesas na carteira de mercados emergentes da MSCI.