Política

Marinho depõe por quase 5 horas sobre denúncia de vazamento de operação da PF

20 maio 2020, 20:54 - atualizado em 20 maio 2020, 20:54
Flávio Bolsonaro
Ao deixar a superintendência da PF no Rio, Marinho disse que não poderia comentar o depoimento por determinação judicial (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O empresário Paulo Marinho prestou depoimento à Polícia Federal por quase 5 horas, nesta quarta-feira, no âmbito da apuração sobre a denúncia feita por ele de que o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, teve conhecimento antecipado de uma operação da PF em 2018 que atingiria o gabinete do então deputado estadual no Rio de Janeiro.

Ao deixar a superintendência da PF no Rio, Marinho disse que não poderia comentar o depoimento por determinação judicial.

“Esse inquérito corre sob sigilo, e por determinação policial e para não atrapalhar as investigações, não posso dar nenhuma declaração a respeito do meu depoimento”, disse ele a jornalistas.

Questionado, Marinho acrescentou apenas que não falou sobre a campanha eleitoral.

A PF investiga a denúncia feita por Marinho em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo de que um policial teria vazado informações da operação Furna da Onça no fim de 2018, durante o período eleitoral.

O Ministério Público Federal (MPF) também abriu um procedimento para apurar o suposto vazamento, que já tinha sido investigado anteriormente pela PF, mas que acabou sendo arquivado por falta de provas.

Marinho disse na entrevista à Folha, publicada no domingo, que Flávio Bolsonaro soube da operação por meio de um agente da PF antes de ela ser deflagrada. A ação policial, segundo o empresário, teria sido inclusive adiada para não perturbar o processo eleitoral daquele ano.

O empresário chegou ao local do depoimento em um carro preto que estava escoltado por uma viatura da Polícia Federal. Na entrada, Marinho, ao ser questionado se levava documentos para fundamentar a acusação, disse aos jornalistas que tinha apenas suco de laranja na mochila.

Marinho é suplente do senador Flávio Bolsonaro, mas se tornou um desafeto. A casa do empresário, na zona sul do Rio, foi usada por Bolsonaro durante a campanha presidencial, mas eles se afastaram no ano passado.

O empresário atualmente comanda o diretório do PSDB do Rio de Janeiro e se lançou como pré-candidato à prefeitura da cidade.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar