Marfrig reforça poder de fogo nos EUA com boi como americano gosta
Se já fosse pouco a Marfrig (MRFG3) ter uma operação nos Estados Unidos, com sua subsidiária, que sustentou em 72% da receita líquida e 80% do Ebida em 2020, agora aumentou seu poder de participação naquele mercado com mais uma planta brasileira habilitada a exportar para lá.
A unidade gaúcha de Alegrete, cuja capacidade é de 730 cabeças de boi por dia de abate, recebeu autorização. É a terceira do estado (a de Bagé foi habilitada em janeiro; a outra é de São Gabriel) e a quinta do grupo.
A vantagem adicional é que as três plantas gaúchas do grupo trabalham com o mesmo tipo de gado que os americanos, hereford, bradford ou angus, enquanto as plantas de São Paulo e Mato Grosso Sul operam com bois zebuínos, pela característica vocacionada de regiões mais quentes.
É carne de boi como americano gosta.
Com o mercado interno dentro da frieza esperada, outra porta de saída para o mercado americano, com alto valor agregado, pega a Marfrig Global Foods saindo de um primeiro trimestre de 2021 muito positivo.
E, ainda, a maior processadora mundial de hambúrgueres tem o reforço das estatísticas de importações de carne bovina do Brasil pelos Estados Unidos, em alta, no acumulado do ano, que cresceram 157%, deixando o país com o terceiro lugar, quase alcançando o Chile.
Apesar de participação ainda relevante de compras de carne processada, o aumento das exportações do Brasil deve-se aos cortes in natura, segundo a Abrafrigo.