Marfrig (MRFG3): Resultados do 4T21 fecham ‘ano estelar’; saiba o que esperar daqui para frente
A Marfrig (MRFG3) apresentou mais um trimestre marcado por números fortes, concluindo um ano considerado ‘estelar’ pela XP Investimentos.
Apesar da queda no quarto trimestre, a empresa frigorífica bateu recorde de lucro líquido em 2021, a R$ 4,3 bilhões.
A receita líquida totalizou R$ 23,9 bilhões no quarto trimestre, representando um avanço de 31,1% sobre um ano antes. Em 2021, o resultado foi de R$ 85,3 bilhões, montante 26,5% maior em relação a 2020.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) saltou 98,3% nos últimos três meses do ano passado e chegou a R$ 4,1 bilhões, puxado pelas operações na América do Norte.
A presença das operações norte-americanas nos números da produtora de carne bovina é, inclusive, um dos pontos “negativos” levantados pela XP.
“A Marfrig entregou mais um trimestre forte, mas a sensação de que estamos olhando para uma empresa apenas americana permanece”, afirma a corretora.
O Itaú BBA destaca que a divisão na América do Norte foi “amplamente responsável” pela surpresa positiva dos resultados da companhia.
A Ágora Investimentos menciona as margens melhores que as projeções nas operações da América do Norte, compensando a rentabilidade menor que o esperado na América do Sul, pressionada pelo aumento dos custos de matérias-primas e menor volume de vendas.
No acumulado do ano, o Ebitda cresceu 51,6%, a R$ 14,5 bilhões.
Desaceleração em 2022?
Encerrando um ano de recordes, a Marfrig deve seguir uma trajetória de mais normalização em 2022, avalia a Genial Investimentos.
“O ciclo nos Estados Unidos deve começar a virar ao longo do ano, e esperamos ver uma normalização na dinâmica de oferta e demanda no país”, afirma o analista Adriano Castro, em relatório divulgado nesta quarta-feira (9).
A Genial acredita que a Marfrig deve enfrentar dificuldades para manter as margens a níveis atuais (acima do patamar histórico da própria empresa e de seus concorrentes).
Essa é a mesma opinião da Ágora. A cautela explica por que a corretora decidiu manter a recomendação neutra da ação, com preço-alvo de R$ 23.
A Genial indica manter a ação (algo próximo a ‘neutro’), com preço-alvo de R$ 25.
“Ainda que enxergamos potencial de bons resultados e uma forte capacidade operacional, acreditamos que o crescimento será desafiador por conta de uma base comparativa muito forte em 2021”, completa a corretora.
A XP e o BBA têm visões mais otimistas sobre a companhia. A primeira instituição tem recomendação de compra e sugere o preço-alvo de R$ 34,80, enquanto a segunda tem rating de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), com preço justo de R$ 26.
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