Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) não devem ter mudanças na relação consumo versus preços altos do boi nos EUA
Não havendo surpresas com a leve desaceleração da inflação de novembro dos Estados Unidos, a ser conhecida logo mais, pouco mudará a relação de consumo de carne sem que alivie o peso do boi no mercado local.
Tão pouco uma menor correção monetária se comparada com as últimas altas dos juros definidas pelo Federal Reserve, de 0,75 pp.
Os analistas aguardam a CPI ainda alta de 0,3% na comparação mensal ou de 7,3% na base anual, que, confirmadas, seria 0,4% de desaceleração e 7,7% de acumulado em 12 meses.
Enquanto isso, JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3), como seus concorrentes americanos, estão gerando matéria-prima mais cara.
Há uma semana o boi gordo cotado em Chicago saiu de US$ 151 o centun weight (cwt), unidade de medida equivalente a 45,3 kg, para US$ 154 nesta terça (13), voltando ao pico do semestre.
O mercado físico americano acompanha diretamente a cotação do derivativo, mais que no caso brasileiro em relação à B3 (B3SA3).
Junto com o ciclo mais apertado de oferta neste segundo semestre nos Estados Unidos, o inverno já avançando, o consumo e o consumo ainda em patamares satisfatórios, pelo menos até começo de novembro e as festas de fim de ano devem deixar o preço do boi ainda pesado para as margens das indústrias.