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Marfrig (MRFG3) dispara 10% com venda bilionária; XP vê cópia no perfil da BRF (BRFS3)

29 ago 2023, 16:00 - atualizado em 29 ago 2023, 16:00
Marfrig, BRF
Marfrig (MRFG3) sobe ao redor de 10% com cheque de R$ 7,5 bilhões em mãos; entenda inspiração no perfil da BRF (BRFS3). (Imagem: Pixabay/zaclyric)

Os papéis da Marfrig (MRFG3) disparavam ao redor de 10%, a R$ 7,35, nesta terça-feira (29). O mercado reage bem à venda bilionária à Minerva Foods (BEEF3), anunciada pelo frigorífico. Inclusive, a XP avalia que a Marfrig tem inspirado o seu novo modelo de negócios no perfil da BRF (BRFS3).

A corretora considera que, com a venda de todas as unidades com perfil de commodity, a Marfrig passa a focar na estratégia de maior valor agregado, como a BRF.

“Cada vez mais, nos consolidamos como uma companhia global, com diversificação geográfica, produtos de alto valor agregado e marcas líderes em seus segmentos”, disse Marcos Molina dos Santos, fundador e presidente do Conselho de Administração da empresa.

Em nota enviada ao Agro Times, o executivo disse que a companhia enxerga “enormes oportunidades de crescimento, com margens mais altas e mais resilientes”.



Mesmo sem grande clareza dos analistas com a nova Marfrig, as ações do frigorífico têm bom desempenho no curto prazo. Com o embolso de R$ 7,5 bilhões, a empresa ganha um alívio no seu endividamento, além do short interest do papel de 20%.

Marfrig foca em maior valor agregado

Não é de hoje que a diretoria da Marfrig esboça preferência pelo modelo de negócios com foco em produtos de maior valor agregado. A própria aquisição da BRF ajuda a sustentar a decisão atual da Marfrig.

Portanto, a empresa manterá as principais fábricas de hambúrgueres, processados ​​e alimentos de maior preço embutido. De 2018 a 2022, a participação dos produtos industrializados e de marca na receita líquida da operação América do Sul saiu de cerca de 5% para quase 20%. A capacidade de produção de processados dobrou nos últimos cinco anos.

“Além de ficar mais leve e caminhar para negócios com margens maiores, o cheque de R$ 7,5 bilhões é uma notícia bem-vinda num momento em que liquidez e alavancagem se tornaram uma preocupação”, destaca a XP.

Porém, a ressalva da corretora é que a alavancagem ainda estará em um nível pouco convidativo ao fim de 2023 – o que justifica a recomendação neutra para a Marfrig, com preço-alvo de R$ 8,70, um potencial de valorização de 18% em 12 meses.

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