Marfrig (MRFG3): BB Investimentos eleva preço-alvo e recomendação com impulso da América do Sul
O BB Investimentos elevou suas estimativas de crescimento e rentabilidade para Marfrig (MRFG3) e elevou o preço-alvo para ação de R$ 12 para R$ 23. Isso representa um potencial de valorização de aproximadamente 56,9%.
Para a analista do banco, Georgia Jorge, a companhia reportou no primeiro semestre de 2024 resultados bastante robustos, beneficiados não apenas pela sua participação na BRF (BRFS3), que trouxe uma bem-vinda diversificação de proteínas, mas também por conta da melhoria de rentabilidade e crescimento de volume na Operação América do Sul.
Segundo ela, a Marfrig vem colhendo os frutos decorrentes dos investimentos realizados em aumento de capacidade de abate e foco em processados.
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Nesta terça-feira (27), os papéis MRFG3 fecham a sessão com alta de 0,97%, a R$ 14,61.
No ano, as ações sobem 50,62%, refletindo a melhoria da percepção dos investidores em relação à alavancagem financeira, cuja expectativa de queda decorre da venda de 16 ativos à Minerva e recuperação de rentabilidade, em especial da BRF.
“Contudo, entendemos que o preço corrente ainda não reflete o preço justo da companhia, na medida em que a Operação América do Sul ainda deve contribuir bastante na geração de valor da companhia aos acionistas. Nesse sentido, elevamos nossa recomendação para compra”, aponta Jorge.
A revisão no valuation contempla questões como:
- Incorporação dos resultados dos trimestres recentes;
- Piora dos resultados advindos da Operação América do Norte por conta do ciclo pecuário desfavorável;
- Crescimento do volume na Operação América do Sul em função dos investimentos realizados em aumento de capacidade realizados nos últimos anos e que se encontram em processo de ramp-up;
- Elevação da margem operacional consolidada como reflexo dos melhores resultados advindos da BRF e da Operação América do Sul, cujo foco está direcionado para produtos processados e de valor agregado;
- Queda da alavancagem financeira em decorrência da forte geração de caixa operacional, bem como a entrada dos recursos referente à alienação de ativos à Minerva;
- Redução da taxa de desconto desde a última revisão de preço em 20 bps em função do aumento da participação da dívida na estrutura de capital da companhia.