Marfrig: analistas batem cabeça sobre o que fazer com ação; veja por quê
A ação da Marfrig (MRFG3) acumula uma das maiores altas na Bolsa neste ano, ao saltar estrondosos 76,9%, enquanto o Ibovespa (IBOV) já tombou 11% entre o último pregão de 2020 e a sexta-feira (22), se aproximando do piso psicológico dos 100 mil pontos.
No dia 26 de outubro, após o fechamento do mercado, a processadora de alimentos divulgará os números do terceiro trimestre.
“No trimestre passado, a empresa viveu o melhor momento de sua história, com alta disponibilidade de gado e uma demanda extremamente aquecida, impulsionada pela retomada da economia americana, de encontros sociais e auxílios do governo”, comenta o analista Adriano Castro da Genial Investimentos.
Para a corretora, a Marfrig foi a companhia do setor frigorífico que mais se beneficiou do cenário descrito, tendo cerca de 65% de sua receita total vindo dos Estados Unidos. Para o 3° trimestre, o quadro para o mercado de carne bovina nos EUA continua favorável.
Na mesma toada, analistas do Bradesco BBI e da Ágora Investimentos veem resultados positivos para a companhia no período, com estimativa de ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) 38% acima do consenso de mercado.
E daqui pra frente?
A discordância entre as corretoras está sobre o que fazer com ação do frigorífico daqui em diante.
Na visão da Genial, o mercado já precificou os bons ventos da companhia, justificando o call de venda do papel, pensando no curto prazo, com preço-alvo em R$ 20 por ação,. O valor indica uma queda potencial de 20% sobre o atual patamar.
De acordo com matéria publicada pelo Agro Times, o BB Investimentos também considera que a ação da Marfrig deve andar de lado em 2022.
Já o Bradesco BBI aumentou o preço-alvo para R$ 30 para final de 2022, de R$ 25 por ação, mantendo a recomendação de compra.
“Vemos as ações da Marfrig sendo negociadas a um atraente múltiplo Valor de Firma sobre EBITDA de um ano à frente de 3,1 vezes (ajustado pelo investimento na BRF), abaixo da média histórica de 5,1 vezes (em nosso preço-alvo, ela seria negociada a 3,5 vezes), o que, portanto, suporta a recomendação de compra”, concluem os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França, respectivamente.
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