Comprar ou vender?

Marfrig acerta ao apostar mais nos EUA com a National Beef

18 nov 2019, 10:54 - atualizado em 18 nov 2019, 10:54
Bife da Marfrig
No ponto: Marfrig acerta ao investir num mercado que está crescendo, dizem analistas (Imagem: Marfrig/Divulgação/Facebook)

Os analistas e os investidores gostaram da iniciativa da Marfrig (MRFG3) de ampliar sua fatia no capital da norte-americana National Beef. O acordo, anunciado neste domingo (17/11), prevê que o frigorífico brasileiro adquira as ações da Jefferies Financial Group por US$ 860 milhões.

Com isso, a Marfrig elevará seu peso na National Beef de 51% para 81,73%.

O primeiro motivo que agrada os analistas é que a aquisição aumentará a presença dos brasileiros no mercado norte-americano, cujas perspectivas são positivas.

A Guide Investimentos, por exemplo, cita “o bom momento vivido pelo setor de carne bovina nos EUA, com aumento da oferta de gado e perspectiva de manutenção nos preços em patamares elevados no mercado internacional.”

Outro argumento é a diversificação geográfica. Ao fortalecer sua posição na América do Norte, a Marfrig reduz sua exposição ao tumultuado continente sul-americano. A Guide destaca, ainda, a boa gestão da National Beef, que classifica como “extremamente eficiente, alcançando níveis elevados de rentabilidade.”

Um terceiro ponto é o preço pago pelo negócio. Nas contas da XP Investimentos, considerando-se os números da National Beef de 2018, o “múltiplo implícito da operação seria de 3,8x EV/Ebitda, o que nos parece atrativo”, referindo-se à relação entre o valor da firma (EV) e a geração de caixa (Ebitda).

Os investidores também gostaram do anúncio. Por volta das 10h40, as ações da Marfrig subiam 3,26%, negociadas a R$ 10,78, e lideravam as altas no início do pregão. No mesmo instante, o Ibovespa subia 0,45%, aos 107.034 pontos.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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