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Marcos Molina aproveita queda de ações da Marfrig e volta a ter 50% da empresa

31 maio 2022, 21:47 - atualizado em 31 maio 2022, 21:47
Marfrig
A retomada do controle absoluto por Molina veio depois de um investimento de cerca de R$ 30 milhões em papéis da companhia (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Depois de investir pesado na rival BRF (BRFS3), o empresário Marcos Molina retomou o controle absoluto na empresa em que fundou décadas atrás, o frigorífico Marfrig (MRFG3).

Aproveitando a queda recente das ações da companhia na Bolsa, Molina acaba de ultrapassar novamente a fatia de 50%, por meio da MMS, holding que detém junto com sua esposa, Márcia Marçal dos Santos.

A retomada do controle absoluto por Molina veio depois de um investimento de cerca de R$ 30 milhões em papéis da companhia. Assim, sua participação passou de 49,7% para 50,04%.

O frigorífico, apesar da queda recente, vale cerca de R$ 10 bilhões na B3 (B3SA3), a Bolsa brasileira.

Há um pouco mais de dois anos, essa fatia estava na casa de 34%, quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda era sócio da empresa de alimentos.

Desde então, o empresário investiu cerca de R$ 1 bilhão na aquisição de papéis da Marfrig.

O aumento de posição foi bem visto pelos investidores e a ação subia mais de 5% na tarde desta terça-feira, 31.

Ações em queda

Foi uma boa mudança de direcionamento, já que, neste ano, a queda das ações da Marfrig está em torno de 25%, ao passo que a concorrente Minerva (BEEF3) acumula alta de cerca de 35%.

A JBS, outra empresa do ramo, cai 2%. Para interlocutores, Molina tem dito que acredita na valorização das ações, sempre lembrando do atual endividamento controlado da empresa.

Apesar disso, as ações da companhia têm sofrido por conta de questionamentos de investidores sobre sua geração de caixa nos Estados Unidos.

Em relatório recente, o BTG Pactual (BPAC11), contudo, afirmou que as margens da operação da Marfrig seguem fortes. No ano passado, a Marfrig registrou uma receita líquida de R$ 85,4 bilhões, sendo R$ 62,8 bilhões nos Estados Unidos.

Com o movimento, Molina quer também mitigar dúvidas de investidores de que a Marfig possa ser aos poucos “abandonada”.

A empresa já é o maior investidor da dona da Sadia, da qual possui hoje uma participação de 33%. O dono da Marfrig é hoje o presidente do conselho de administração da BRF.

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