Marcopolo eleva produção em 39% no 2T22, mas variação cambial derruba lucro no período

A reabertura dos mercados e o aumento da demanda fizeram com que a Marcopolo (POMO4) registrasse melhora no 2T22. A empresa teve um aumento de produção de 14% em relação ao mesmo período de 2021.

Em contrapartida, a variação cambial gerada pela desvalorização do real frente ao dólar norte americano sobre a carteira de pedidos em dólares provocou um impacto financeiro negativo para a companhia.

A Marcopolo apresentou resultado financeiro líquido negativo em R＄ 39,9 milhões no segundo trimestre deste ano. O cenário provocou reflexo também no lucro líquido consolidado, que foi de R＄ 26,8 milhões, com margem de 2,3%.

A companhia registrou crescimento da receita líquida, chegando a R＄ 1,151 bilhão, um incremento de 39,8% ante o 2T21. Desse total, R＄ 639,9 milhões (55,6%) estão relacionados aos negócios realizados no mercado nacional, enquanto R＄ 511,9 milhões (44,4%) são referentes ao mercado externo.

O lucro bruto foi de R＄ 131,3 milhões, com margem de 11,4%, contra R＄ 60,5 milhões, margem de 7,4%, no 2T21.

No período, a companhia fabricou 3.395 unidades, volume 14,2% superior ao 2T21. Deste total, 1.774 são modelos urbanos, contra 1.437 no 2T21, crescimento de 23 pontos percentuais neste segmento na comparação trimestral. A ampliação da produção fez com que a participação de mercado da companhia chegasse aos 53,5% no trimestre.

O EBITDA foi de R＄ 51,6 milhões no 2T22, com margem de 4,5%, versus um EBITDA de 140,5 milhões e margem de 17,1% no 2T21. Ao desconsiderar os efeitos positivos das ações judiciais tributárias que beneficiaram os resultados em 2021, o resultado teria sido de R＄ 41,5 milhões negativos e margem de -5% no 2T21.

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