Marcelo Cabral: Dow Jones – 125 anos e retorno de 1,1 milhão de pontos percentuais
O dia 26 de maio representa um marco para o mercado financeiro global. Há 125 anos, o então editor do Wall Street Journal, Charles Dow, publicou pela primeira vez o índice de ações que leva seu nome e continua a ser referência até hoje para investidores ao redor do mundo. O índice é calculado com base na cotação das ações mais importantes nos Estados Unidos.
Desde a criação do Dow Jones, o mercado acionário americano passou por 25 recessões econômicas, duas guerras mundiais, a depressão de 1929, o atentado de 11 de setembro e vários outros choques. Mesmo assim, o retorno do índice demonstra sua força: média de 7,69% ao ano, equivalente a 1,1 milhão de pontos percentuais no período.
Ao longo da história, as piores quedas em um único dia foram de -22,6%, em outubro de 1987 (o chamado “Black Monday”) e -12,9%, em março de 2020, no início da pandemia do Covid-19. Nos primeiros 25 anos, o índice era mais volátil, tendo passado por nove correções, ou seja, quedas de 20% ou mais. Nos últimos cem anos, foram apenas quatro correções.
A composição original do índice incluía 12 ações, entre as quais estavam GE, American Sugar Company (hoje Domino Food) e a U.S. Rubber Company (hoje Michelin). Na composição atual os nomes mais antigos são Procter & Gamble (89 anos no índice), 3M (45 anos) e IBM (42 anos).
Não é possível prever se os próximos 125 anos do Dow Jones serão tão rentáveis quanto os primeiros, mas o mercado acionário americano provavelmente continuará a gerar prosperidade e riqueza para investidores do mundo todo, inclusive do Brasil, por muitos e muitos anos.
Parabéns, Dow Jones! Well done!