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Marcello Cestari: Com o bitcoin (BTC) a 10% das máximas históricas, ainda vale a pena comprar a criptomoeda? Eis por que sim

28 out 2025, 10:03 - atualizado em 28 out 2025, 10:03
Analistas comentam preço do bitcoin (BTC) em alta. (Imagem: ChatGPT)
Analistas comentam preço do bitcoin (BTC) em alta. (Imagem: ChatGPT)

Já dando spoiler, hoje vou te mostrar que sim.

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O bitcoin (BTC) começou outubro pumpando até os US$ 126 mil como novo all time high. Embora as tensões macroeconômicas entre Estados Unidos e China desencadearam em uma forte queda deixando muitos investidores com um certo grau de hesitação.

Afinal, alocar perto de máximas históricas nos trás a sensação de comprar no topo, isso é fato.

Mas o gráfico a seguir nos mostra que até o pior investidor em bitcoin teria feito 2x ou mais no seu investimento:

Fonte: 21shares

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O que esse gráfico nos mostra é que mesmo que você comprasse US 1 mil em bitcoin todo ano na máxima do ano desde 2020, você ainda sim teria duplicado seu investimento.

Quando olhamos o S&P 500 esse conceito não se aplica, uma vez que históricamente ele é negociado 10% abaixo do seu all time high em 75% do tempo.

Mas aínda sim há uma pergunta sobre comprar perto das máximas…

Comprar bitcoin (BTC) perto das máximas implica em um upside limitado? 

A resposta é não. 

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Em um mundo de políticas estruturalmente mais flexíveis e de crescente pressão fiscal, possuir ativos duradouros é mais importante do que nunca. Então ao invés de focar no “está muito caro” ou “já subiu muito”, a pergunta que você deve se fazer é: O bitcoin vai ser mais ou menos importante em um, cinco ou 10 anos? 

Sua resposta vai te dizer quanto e quando uma alocação de longo prazo faz sentido para você. 

Dá uma olhada no gráfico abaixo, praticamente todas entidades estão no lucro com seus investimentos em bitcoin: 

Fonte: 21shares

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Desde o lançamento dos ETFs spot de bitcoin em janeiro de 2024, a porcentagem de entidades que estão ganhando dinheiro com bitcoin nunca ficou abaixo de 80%, mesmo com os estresses macroeconômicos, como por exemplo quando tivemos o episódio do carry trade japonês no 3T24, ou quando tivemos a volatilidade nos mercados por conta das tarifas ao longo desse ano, ou até mesmo na semana passada com o choque geopolítico somando com a Binance fora do ar.

Ainda sim não vimos pressão de venda de toda a indústria.

O comportamento dos investidores de bitcoin mudou. 

Durante os bull markets, o aumento nos preços desencadearam mudança dos holders de bitcoin, investidores “fracos” saiam do mercado enquanto novos entravam na corrida do bitcoin com FOMO (sigla para fear of missing out ou medo de perder a portunidade, em tradução livre) e quem detinha o ativo mudava constantemente.

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Mas agora o comportamento é outro.

O turnover dos holders mudou, os investidores estão mais calmos, com mais convicção na tese do ativo, estão mais maduros e aparentam estar confortáveis e não desesperados em terem lucros não realizados. De fato é um comportamento particular desse ciclo. 

Ainda se espera alguma realização de lucro nesses níveis atuais e nos próximos níveis que acredito que vamos chegar, mas os dados têm nos mostrado uma história diferente: a maioria está permanecendo posicionada, refletindo provavelmente uma mudança crescente na forma como o Bitcoin é percebido, menos como uma aposta de curto prazo e mais como uma alocação estratégica.

Mas o que acontece se o mercado virar? 

Bom, nos ciclos anteriores o bitcoin sofreu quedas de aproximadamente 50%, enquanto alguns se mantiveram bullish, outros venderam “desesperados” e não conseguiram aproveitar oportunidades de compra, o que é normal. Mas e nesse ciclo? Bom, a queda mais forte foi de aproximadamente 30% e na semana passada aproximadamente 15%, dá uma olhada no gráfico abaixo:

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Fonte: 21shares

Esse gráfico nos mostra que o bitcoin está ganhando maturidade, uma vez que as quedas nos bull markets estão cada vez menores.

Mas por quê? A resposta é institucionalização.

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À medida que o bitcoin se consolida dentro de portfólios multiativos e reservas de tesouraria, sua dinâmica mudou. Bilhões de dólares fluindo para ETFs e outros produtos parecidos, empresas e governos adquirindo mais de 6 vezes a quantidade de bitcoin minerada, o lado comprador continua absorvendo a pressão do mercado, tornando eventuais quedas futuras mais propensas a serem moderadas e de curta duração, e não resets estruturais.

Mas obviamente que black swans, isto é, eventos adversos e inesperados, podem rolar — e são imprevisíveis.

Enfim, como resultado disso temos um price action mais “natural”, com menos explosões de alta, mas também menos quedas profundas (se compararmos com antigamente). 

Agora é interessante entender como incorporar o bitcoin no seu portfólio

No gráfico abaixo, o pessoal da 21shares fez um estudo comparando um portfólio tradicional (60% ações / 40% renda fixa) com um portfólio mais moderno, com alocação em cripto. A comparação é ilustrativa, baseada em dados históricos dos últimos três anos. 

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Fonte: 21shares

Em breve vou trazer um estudo para vocês comparando com um portfólio que tem CDI, Ibovespa e IMA-B.

Mas enfim, olhando a imagem acima, podemos notar que os retornos ajustados a risco melhoraram nos dois portfólios com cripto, enquanto as volatilidades e as quedas permaneceram controladas. 

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Além disso, o tempo que cada portfólio levou para se recuperar da sua maior queda nos últimos três anos, que ocorreu em abril de 2025 por conta das tarifas, foi menor para os dois portfólios com cripto (17 dias) do que para o tradicional (22 dias).

O que podemos concluir? 

Bitcoin entrou em uma nova fase, mais institucionalizado e mais maduro.

Mesmo o pior investidor ainda teria duplicado seu capital nos últimos 5 anos.

As quedas e volatilidade tem diminuindo com o passar dos anos. 

E por fim, quando dimensionado adequadamente, o bitcoin pode de fato aumentar a eficiência de um portfólio em diferentes ciclos do mercado.

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Analista e trader responsável por todos os fundos de cripatoativos na Empiricus Gestão. É formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). Além de suas responsabilidades na gestora, Marcello compartilha regularmente sua expertise por meio da produção de conteúdos e análises aprofundadas sobre o mercado de criptoativos em seu instagram @cestari.crypto.
marcello.cestari@autor.empiricus.com.br
Analista e trader responsável por todos os fundos de cripatoativos na Empiricus Gestão. É formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). Além de suas responsabilidades na gestora, Marcello compartilha regularmente sua expertise por meio da produção de conteúdos e análises aprofundadas sobre o mercado de criptoativos em seu instagram @cestari.crypto.
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