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Marcela Dias: segurança no ambiente digital e o fortalecimento do ecossistema cripto

29 abr 2021, 14:10 - atualizado em 29 abr 2021, 14:10
Em artigo por Marcela Dias, analista de compliance do Mercado Bitcoin, entenda por que a segurança de nossos investimentos em cripto é indispensável (Imagem: Unsplash/fantasyflip)

Atraindo cada vez mais a atenção dos investidores institucionais graças às suas características disruptivas, as criptomoedas são o assunto do momento. Seja pela possibilidade de alto retorno sobre o investimento ou pelo potencial da tecnologia blockchain, o ecossistema cripto está em desenvolvimento. 

Transparente e rastreável, também permite aos usuários enviarem fundos para qualquer lugar do mundo instantaneamente — característica atraente também para quem tem más intenções.

Mas, enquanto, em 2019, a atividade criminosa representou 2,1% de todo o volume de transações de criptomoedas, ou cerca de US$ 21,4 bilhões em transferências, a boa notícia é que o crime relacionado à criptomoeda caiu significativamente em 2020.

Segundo um relatório da Chainalysis, divulgado em fevereiro de 2021, o índice de todas as atividades criminosas que envolvem a criptomoeda caiu para apenas 0,34% ou US$ 10 bilhões em volume de transações. 

Em 2019, os golpes foram os principais crimes relacionados à criptomoeda, com 54% das atividades ilícitas, representando cerca de US$ 2,6 bilhões em criptomoedas recebidas.

Já em 2020, enquanto o ecossistema cripto registrou queda considerável das atividades criminosas representadas por golpes, o esquema ponzi PlusToken arrecadou mais de US$ 2 bilhões em operações similares às conhecidas como “pirâmides”, que envolvem a promessa de pagamento de rendimentos anormalmente altos (“lucros) aos investidores à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente. 

Ainda de acordo com o relatório, mercados ilegais da “dark web (camada da internet composta por sites e redes que não são indexados pelos mecanismos de busca) foram, mais uma vez, a segunda maior categoria de crime, respondendo por US$ 1,7 bilhão em atividades de criptomoedas, ante US$ 1,3 bilhão em 2019. 

Neste ano, segundo o estudo da Chainalysis, o movimento ilícito no mercado cripto que merece atenção é o “ransomware” — um tipo de software nocivo que bloqueia o acesso ao sistema e cobra um resgate em criptomoedas para ser restabelecido.

Isso pode parecer contraintuitivo, já que o ransomware foi responsável por apenas 7% de todos os fundos recebidos por endereços criminosos, no valor de US$ 350 milhões. 

Por isso, a adoção e manutenção de práticas de segurança são tão importantes para garantir a saúde do ecossistema cripto e fortalecer o setor do mercado financeiro que está em plena evolução.

O Mercado Bitcoin, para garantir que as boas práticas de “Know Your Client” (KYC) sejam feitas com qualidade e segurança, com processos de validação ágeis, conta com a solução automatizada de validação de identidade e KYC da idwall, parceira da exchange e especialista em segurança no ambiente digital.

A missão da empresa é seguir fortalecendo o ecossistema com práticas como essa, de prevenção à lavagem de dinheiro, e que identificam as etapas que configuram o delito, assim como as características de pessoas e produtos suscetíveis a envolvimento com este crime.

Já estamos vivendo em uma nova era. É preciso transformar a ideia de que criptomoedas não são seguras, quando, na verdade, fazem parte de uma solução tecnológica, inovadora e rastreável. E você, vai fazer parte dessa revolução?

Como proteger seus dados em um mundo tão conectado?