CryptoTimes

Marathon afirma que sua fazenda de mineração de bitcoin será 70% neutra em carbono

25 maio 2021, 10:52 - atualizado em 25 maio 2021, 10:52
Será que a Marathon atingirá suas metas em realizar operações sustentáveis de mineração? (Imagem: Crypto Times)

Nessa segunda-feira (24), a Marathon Digital (MARA) anunciou que planeja construir uma nova fazenda de mineração de bitcoin (BTC) em parceria com a Compute North.

A nova fazenda terá 73 mil máquinas de mineração com chips de circuitos integrados de aplicação específica (ASICs) no estado americano do Texas e será aproximadamente 70% neutra em carbono, promete a empresa.

Marathon estima que sua taxa total de hashes — processamento — cresça para 10,37 exahashes por segundo (EH/s) a um custo de US$ 0,0453 por kilowatt/hora (kWh). Ações da MARA subiram 2% após a notícia.

Um representante da Maraton se negou a especificar qual será a matriz energética da nova fazenda e como a empresa planeja atingir suas metas para a neutralidade em carbono.

Em outubro, a empresa havia feito um anúncio parecido sobre uma nova fazenda em Montana, em parceria com Beowulf, que transformou uma abandonada usina alimentada por carvão em um lucrativo centro de mineração de bitcoin.

A mineração de bitcoin nos EUA vem aumentando nos últimos meses. Historicamente, embora grande parte da atividade tenha acontecido na China, novas repressões governamentais fizeram a taxa de hashes diminuir no país.

Porém, os EUA têm de lidar com suas próprias preocupações de compliance, pois existe uma pressão regulatória para reduzir o uso de carvão na matriz energética do país.

Muitas das gerações mais recentes de minas estão se instalando em usinas de carvão que tiveram de ser desligadas por medida de economia de energia, que as tornaram menos necessárias. A pergunta que fica é se essas mineradoras poderão cumprir com as promessas de compensar suas emissões.

Outra grande preocupação regulatória que mineradores de bitcoin americanos enfrentam é a responsabilidade de quais transações verificam.

O pool da Marathon tomou uma medida drástica de validar apenas endereços de bitcoin que pertencerem a uma lista de boa reputação (“whitelist”) em uma tentativa de cumprir com regulamentos sobre sanções.