Política

Manifestação contra reforma da previdência estadual termina em confronto com a PM

03 mar 2020, 14:41 - atualizado em 03 mar 2020, 14:41
Assembleia SP APEOESP
Professores em frente à Alesp em protesto a reforma da previdência estadual (Imagem: Twitter/Divulgação)

A Polícia Militar reprimiu hoje (3) um protesto dos servidores públicos estaduais na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Eles forçaram a entrada em um dos acessos da Casa em um ato contra a reforma da previdência do estado que está sendo votada nesta terça-feira.

Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver um policial que fazia a segurança do prédio ser derrubado pela multidão que entra no saguão da assembleia. Outras imagens mostram a Tropa de Choque reprimindo manifestantes na porta do Plenário Juscelino Kubitschek.

O deputado estadual Emidio de Souza (PT) afirmou no Twitter que foi atingido por spray de pimenta lançado pela polícia. Há ainda cenas de manifestantes jogando lixeiras e extintores de incêndio contra os policiais.

Apesar do tumulto, a sessão segue com os discursos dos deputados dentro do plenário e os servidores ocupando parte do prédio da assembleia.

Números da reforma

A Proposta de Emenda à Constituição estadual que está sendo votada estabelece como idade mínima para aposentadoria 62 anos para as mulheres e 65 para os homens. Também fixa como teto para as aposentadorias o valor pago pelo Regime Geral de Previdência para os servidores que ingressaram na carreira a partir de 2013.

No caso dos professores do ensino básico, a idade mínima fica em 51 anos para as mulheres e 56 anos para os homens. A partir de 2022, a idade mínima para a categoria sobe para 52 e 57 anos.

Uma proposta de lei complementar prevê ainda revisar a alíquota de previdência paga pelos servidores estaduais de 11% para 14%.

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