Malta registrou movimentação de US$ 70 bilhões com cripto antes de regulação
Em análise ao regime antilavagem de dinheiro de Malta, especialistas estimaram que cerca de US$ 70 bilhões em criptomoedas foram movimentadas pelo país. Isso aconteceu após Malta apresentar estratégias favoráveis a cripto e se chamar de “Ilha do Blockchain”, afirma o Decrypt.
Ontem (21), o site de notícias The Times of Malta afirmou que o “grande volume de transações durante o impulso inicial do país para empresas cripto foi considerado ‘problemático’ por especialistas globais”.
Esse artigo surgiu após avaliadores do Grupo de Ação Financeira Internacional (FAFT-GAFI) considerarem a possibilidade de pôr Malta em uma “lista cinzenta” de países que não estão tomando atitudes contra crimes financeiros.
Entre 2017 e 2018, diversas startups cripto, como a Binance, migraram para o país, que anunciou uma estratégia cripto inovadora.
Esses projetos não pensaram duas vezes em obter vantagem de um generosos “período de transição”, com um prazo de até um ano para operarem sem registro. Porém, segundo o jornal local:
A abordagem apressada de Malta em atrair plataformas de criptomoedas à ilha antes de implementar as leis necessárias está entre os sinais vermelhos do país.
Um regulador sênior se preocupou com a “explosão de transações de alto risco, realizadas por corretoras de criptomoedas em um ambiente não licenciado”.
Porém, autoridades locais afirmam que, atualmente, o setor é altamente regulado e os US$ 70 bilhões transacionados totalizam apenas 2% do valor anual global.
A Autoridade Maltesa de Serviços Financeiros (MFSA) argumentou que “em um setor inovador, é contraintuitivo apresentar uma abordagem ‘linha dura’”.
Em 2018, o governo local apresentou legislações que forneciam uma estrutura regulatória para empresas cripto e de blockchain, espantando muitos dos projetos que queriam obter vantagem da “liberdade” local.