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Maisa Oliveira: o aumento da inflação e seus efeitos nos investimentos em crédito privado

27 out 2020, 13:27 - atualizado em 28 out 2020, 11:55
Em momentos de inflação mais controlada, como o que temos experimentado nos últimos quatro anos, o impacto em nossos bolsos é sentido com menos intensidade (Imagem: Divulgação/Devant Asset)

Inflação é o nome dado à elevação contínua dos preços. De forma simplificada, ela representa o aumento do custo de vida da população e traz consequências para toda a sociedade, tanto para as pessoas físicas, como jurídicas.

A medida oficial da inflação do país é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que analisa o comportamento geral dos preços. Mas há também outros índices, como o IGP-M (conhecido popularmente como a inflação do aluguel) e o INPC.

Em momentos de inflação mais controlada, como o que temos experimentado nos últimos quatro anos, o impacto em nossos bolsos é sentido com menos intensidade. Porém, quando ela dá sinais de que tende a alcançar níveis mais altos, reduzindo assim o poder de compra da população, é preciso checar como está a composição da carteira de investimentos.

Idealmente, uma carteira de investimentos deve se manter diversificada independente do contexto macroeconômico. Dessa forma, ainda que ajustes sejam feitos no meio do caminho – e é saudável que eles sejam feitos levando em consideração o rumo que a economia toma – em quaisquer hipóteses o resultado será mais eficiente, já que a carteira poderá se beneficiar de diferentes cenários.

Com relação aos investimentos em crédito privado, é possível encontrar remunerações atreladas a diferentes índices. O principal deles é o DI, nos formatos pós-fixados ou híbridos (acompanha o índice na parte pós fixada + uma taxa prefixada.

Por exemplo, (“CDI + XX%”). Mas também é possível encontrar investimentos com remuneração indexada ao IPCA e ao IGPM, dentre outros. Esses últimos são os que farão a principal diferença em um cenário de tendência de alta generalizada dos preços, pois garantem a remuneração do investidor nos níveis da inflação (mantendo o poder de compra da parcela alocada) + juros reais (aqueles que “sobram” após descontada a inflação).

Isso acontece porque, como estão indexados a índices de inflação, a remuneração desses investimentos acompanha seus movimentos, fazendo com que a parcela alocada mantenha seu poder de compra. Em resumo, são investimentos procurados por quem almeja “proteger” seu capital.

Alguns fundos de investimentos em crédito privado possuem em seu portfólio uma cesta de ativos com indexadores diferentes e suprem bem a busca por uma composição ideal da carteira.

É possível encontrar desde fundos de renda fixa com um mix maior de ativos e que tendem a ser mais conservadores, até fundos de infraestrutura incentivados, cujo objetivo é alocar seus recursos em projetos de infraestrutura e que obrigatoriamente são emitidos com indexação à índices de preços.

Há ainda investimentos em fundos imobiliários que tendem a ter uma exposição relevante ao IPCA e ao IGPM. Nessas duas últimas opções, o investidor ainda contará com a isenção do imposto de renda na maioria dos casos, quando esses fundos imobiliários tiverem todos os requisitos para tal.

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