Mais uma grande mudança na gestão deve pesar no preço das ações do Banco do Brasil
Depois do anúncio do processo de reestruturação societária, que contempla as demissões voluntárias de 5 mil funcionários e o fechamento de 361 agências, escritórios e postos de atendimento, o Banco do Brasil (BBAS3) está em uma situação que, se confirmada, pode ser negativa para o preço das suas ações.
A notícia sobre uma possível saída do CEO do banco, André Brandão, alimentou as preocupações do mercado. De acordo com o site O Antagonista, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, estariam planejando a demissão de Brandão. Os analistas da Ativa Investimentos e da XP Investimentos concordam que a saída do executivo é negativa para a percepção geral, pois pode ser vista como interferência política do governo.
Para a Ágora Investimentos, mais do que substituir Brandão, que assumiu o cargo há pouco mais de quatro meses, o Banco do Brasil passará por outra mudança importante em sua gestão em apenas dois anos.
“Em nossa opinião, isso deve ser visto como negativo para o preço de sua ação”, afirmou a corretora.
Em comunicado divulgado na manhã desta quinta-feira, o Banco do Brasil disse que não recebeu comunicação formal do governo sobre qualquer decisão no que diz respeito à saída do CEO.
Brandão assumiu a presidência da estatal em setembro, em substituição a Rubem Novaes, que deixou o cargo com a justificativa de necessidade de “renovação” da companhia para “enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”.
As ações do Banco do Brasil fecharam o pregão de ontem com queda expressiva de 4,94%, a R$ 37,55. Nesta quinta, por volta das 16h59, os papéis caíam 11%, negociadas a R$ 37,51.