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Mais uma boa pagadora de dividendos está surgindo na Bolsa, dizem analistas; saiba qual é a ação

14 set 2022, 18:10 - atualizado em 15 set 2022, 9:49
taurus
Além de empresas de setores como bancos, elétricas e telecomunicações, uma nova companhia, que passou por um turnaround recente, surge como boa pagadora dividendos (Imagem: Divulgação)

Ganhar dinheiro com dividendos na Bolsa ainda é uma estratégia procurada por investidores que desejam lucrar no longo prazo.

Além de empresas de setores como bancos, elétricas e telecomunicações, uma nova companhia, que passou por um turnaround recente, surge como boa pagadora dividendos, segundo analistas ouvidos pelo Money Times.

Trata-se da Taurus (TASA4), única fabricante de armas listada na Bolsa e sediada no Rio Grande do Sul. No segundo trimestre, a empresa obteve lucro líquido de R$ 195 milhões, uma disparada de 186,3% ante ano anterior.

Para Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed, a empresa atingiu um novo patamar de crescimento nos últimos anos.

“O pior momento da Taurus já passou. Ela conseguiu aumentar a capacidade de produção para atender o mercado, que está cada vez maior. Fica um pouco difícil imaginar que a empresa terá resultados mais fracos como os dos últimos anos”, coloca.

Em sua visão, a parte de geração de caixa está forte por conta do setor e do próprio investimento que a companhia fez para elevar a sua capacidade.

“Ela tem uma boa probabilidade de se tornar uma boa pagadora de dividendos, como a própria diretora vem sinalizando”, discorre.

A Taurus viveu um momento conturbado no início da década, culminando em uma série de erros e dificuldades que geraram prejuízos recorrentes.

Porém, a nova gestão, que assumiu em 2018, deu início ao processo de turnaround da companhia, que resultou em lucros. A ação saltou 812% em cinco anos.

Forte geração de caixa

Segundo Piovesan, a empresa está com uma forte geração de caixa.

“A Taurus passará a ter lucro acumulado para poder pagar dividendos. Até o ano passado, ela tinha prejuízo acumulado no balanço. Ela zerou esse prejuízo”, explica.

Outra possibilidade, já levantada pela empresa, é de que ela começasse a pagar dividendos trimestrais. “Isso tornaria os dividendos mais previsíveis”, afirma.

O endividamento resolvido e o patrimônio líquido da companhia hoje no positivo possibilitaram à Taurus que distribuísse dividendos no primeiro semestre de 2022 de cerca de R$ 1,62 por ação, representando um dividend yield de aproximadamente 9,77% no segundo semestre.

Piovesan explica ainda que o ciclo de investimentos ainda não acabou, mas está próximo do fim, com um capex pequeno se comparado com a geração de caixa.

“Isso vai permitir que ela termine esse ciclo de investimento e ainda consiga pagar dividendos”, completa.

Nos últimos dois anos, a empresa viveu um bom momento, surfando o aumento da demanda por armas nos Estados Unidos, que representa hoje cerca de 80% do seu faturamento (Imagem: Empiricus/Unsplash/Montagem Felipe Alves)

Recessão nos Estados Unidos

A grande preocupação agora repousa na possível recessão dos Estados Unidos, que enfrenta um ciclo de alta de juros para controlar a inflação.

Nós últimos dois anos, a empresa viveu um bom momento, surfando o aumento da demanda por armas nos Estados Unidos, que representa hoje cerca de 80% do seu faturamento.

Para a Benndorf, mesmo após a redução de demanda por armas no principal mercado de armas do mundo, os EUA, a Taurus continua apresentando grande capacidade de geração de caixa e distribuição de dividendos.

“Acreditamos que essa é a grande razão para se investir na companhia, dado que boa parte do crescimento já ocorreu nos anos anteriores e uma elevação na procura por armas nos EUA não é esperada no nosso cenário-base”, coloca.

Piovesan ressalta que uma recessão mais forte, que pode afetar o poder de consumo, tem potencial para prejudicar a Taurus. No entanto, ele lembra que a companhia tem trabalhado para melhor os seus produtos.

“Tem feito lançamentos, tido um resultado bom e conseguido fortalecer a marca. E, mesmo em um mercado mais fraco, ela pode continuar ganhando market share em cima das concorrentes”, completa.

O analista Guilherme Gentile, da Dividendos.me, pontua que a grande questão é quanto dessa grande demanda vai continuar no ano corrente, “o que dificulta realizar uma estimativa de quanto será o seu resultado.

“Porém, se ela manter o mesmo lucro do ano anterior e distribuir 50% desse lucro, geraria um dividendo de R$ 2,67 por ação”, completa Gentile.

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