Mais um fundo imobiliário está sem receber aluguel de gigante do varejo
O fundo imobiliário Max Retail (MAXR11) é mais um a comunicar atraso no pagamento de aluguel pela Americanas (AMER3). Segundo o fundo, a varejista não pagou o valor total do contrato de locação com vencimento este mês.
O MAXR11 é o fundo imobiliário mais exposto à Americanas, que é responsável por 61,66% da receita mensal do fundo, já considerando a aplicação do índice de reajuste de aluguel em janeiro.
O valor integral do aluguel representa cerca de R$ 0,53 por cota, sendo que o montante pago até ontem (15) corresponde a aproximadamente R$ 0,28 por cota. Com isso, a inadimplência está em torno de 47,57% do aluguel mensal da locatária.
Na lista de credores divulgada pela Americanas em 25 de janeiro, constava um valor de mais de R$ 514 mil atrelado ao fundo imobiliário MAXR11.
Na semana passada, o fundo divulgou o pagamento de dividendos caindo pela metade impactado pela crise da varejista, que está em recuperação judicial.
Americanas deve outros fundos imobiliários
Nesta semana, outros fundos imobiliários anunciaram que a Americanas está com o aluguel de janeiro e com vencimento este mês em atraso.
Na terça-feira, o VBI Logístico (LVBI11) comunicou aos cotistas que a companhia ainda não pagou o valor integral do aluguel referente a janeiro e também com vencimento este mês.
Com isso, a varejista está inadimplente com a Aratulog Armazenagem, empresa que o LVBI11 detém 70% do capital. O ativo Aratu é um condomínio de galpões logísticos localizado na Bahia. A Americanas tem impactos de pelo menos de 7% nas receitas do VBI Logístico.
Ontem, foi a vez do XP Log (XPLG11) informar que o débito da varejista chega a R$ 807.351,69. O valor é do aluguel de um condomínio logístico em Seropédica, no Rio de Janeiro.
Segundo o fundo, a Americanas pagou R$ 509.906,33 correspondente a 12 dias de aluguel de janeiro. O valor devido à XP Log, conforme a lista de credores da Americanas, era perto de R$ 850 mil. O impacto da companhia nas receitas do fundo é de cerca de 6,5%.
Índice de fundos imobiliários
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 opera com sinal negativo nesta quinta-feira (16), após engatar dois dias seguidos de alta.
Por volta das 12h15 (de Brasília), o Ifix tinha leve queda de 0,04%, aos 2.783 pontos, em dia de volume de negócios morno.
Entre os fundos, o destaque de alta era o Tordesilhas EI (TORD11), que avançava 4% no horário acima.
Em contrapartida, o fundo Vinci Logística (VILG11) liderava as quedas, perto de 3%. Ontem à noite, o fundo comunicou que entrou com uma ação de despejo contra a varejista de móveis e decoração Tok&Stok por falta de pagamento do aluguel de janeiro, que venceu no início deste mês.