Economia

Mais um desafeto para Campos Neto: Alckmin cobra queda mais rápida da Selic

22 mar 2024, 17:42 - atualizado em 22 mar 2024, 17:42
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Nesta semana, Alckmin é o terceiro a pedir por reduções mais fortes na taxa Selic (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, é o mais novo membro do alto escalão do governo a criticar publicamente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto pela condução da política monetária no Brasil.

Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir os juros em 0,50 ponto percentual e baixar a Selic para o patamar de 10,75%, Alckmin disse que a economia sofre com juro alto, e que a queda deveria ser mais acelerada.

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Além disso, o vice-presidente afirmou que, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a reforma tributária aprovada recentemente irá auxiliar o PIB do Brasil a crescer até 12% em 15 anos. As declarações foram feitas durante encontro com jornalistas na inauguração do Cápsula, Centro de Inovação do Senac-RJ, no centro do Rio.

Na quarta-feira (20), Gleisi Hoffmann, deputada e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), disse em suas redes sociais que “mais uma vez o BC de Campos Neto puxa o freio da economia”.

Campos Neto é o “malvado” favorito do governo

Na terça-feira (19), dia que antecedeu a decisão do Copom, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse também que a autoridade monetária precisa “olhar para as necessidades do país”. Haddad elencou as providências que devem ser tomadas para o desenvolvimento do Brasil e o destaque para o BC não passou despercebido.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na semana passada, que Campos Neto, a quem se refere como “esse cidadão”, está contribuindo para o atraso econômico do país. Segundo Lula, a sociedade brasileira tem uma expectativa muito grande, e o presidente da autoridade monetária deveria ser mais “rápido”.

“Não tem nenhuma explicação o juro da taxa Selic estar a 11,25%. Não existe nenhuma explicação econômica, inflacionária. Não existe nada a não ser a teimosia do presidente do Banco Central em manter essa taxa de juros”, afirmou, em entrevista ao SBT.

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