Mais plataforma, menos banco, trata-se da nova cara do Banco Inter

O Banco Inter (BIDI4; BIDI11) tem se aproximado cada vez mais da experiência individual de seus clientes, fazendo parte do dia-a-dia das pessoas, tanto que lançou recentemente um podcast gratuito sobre investimentos.

Aliado a um recente artigo publicado no jornal Valor Econômico, que justamente discorre sobre o caráter menos banco e mais plataforma, o BTG Pactual (BPAC11) assina em baixo a nova configuração do Banco Inter, que investe pesado em sua plataforma de negócios, expandindo sua gama de produtos financeiros.

Na matéria, o CEO João Menin afirmou que a companhia iniciará o processo de mudança de sua estrutura corporativa de banco para a forma de uma holding.

O analista Eduardo Rosman observa que o modelo atual de governança do Banco Inter não é eficiente quando se trata de crescimento acelerado das operações não bancárias, e lista ao menos quatro motivos principais:

1) maior taxação para os bancos;

2) leis trabalhistas mais estritas para a categoria dos bancários;

3) setor bancário tem maior poder de barganha que outras áreas; e

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4) a regulação do Banco Central é acentuada, o que se torna um obstáculo ao veloz desenvolvimento de produtos não bancários.

Confiança digital

A nova formatação deve levar de seis a dez meses e o banco se transformará em “mais uma subsidiária”, juntamente com o marketplace e a área de investimentos.

“Uma das razões para a recente a oferta de ações, que captou cerca de R$ 1,2 bilhão, foi a intenção de acelerar o processo, transformando-se em uma plataforma completa”, explica o analista.

“O plano é apresentar aos clientes uma jornada de vida pautada em: serviços bancários; crédito; seguros; investimentos e e-commerce”, completa Rosman sobre como deverá ser a pegada da empresa daqui em diante.

A pandemia impulsionou a confiança das pessoas em iniciativas digitais e o Banco Inter deve se beneficiar de tal movimento.

Veja na tabela abaixo a recomendação para as ações do banco: