Coluna do Vicente Guimarães

Mais jovem ou mais velho, o momento de investir é agora

16 out 2023, 14:32 - atualizado em 16 out 2023, 14:32
Juros
A falta de conhecimento nos faz esperar e isso gera um custo irrecuperável, pois está diretamente ligado à passagem do tempo, que não volta mais (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O surgimento da internet trouxe muitas coisas boas para a sociedade. Uma delas é a possibilidade de acesso a informações sobre o mercado financeiro. Em um país cujo sistema educacional não ensina finanças aos seus cidadãos, ter um caminho paralelo para aprender a se planejar e investir é primordial. Não por acaso, o número de CPFs registrados na Bolsa de Valores, que hoje supera os 5 milhões, aumenta ano a ano.

Estamos no começo, porém. Ainda há muito a ser ensinado, muita gente para aprender e, apesar de não existir idade certa para obter conhecimento, é preciso focar bastante nos jovens, pois são eles que podem aproveitar em toda a plenitude as oportunidades oferecidas pelo mercado financeiro.

A falta de conhecimento nos faz esperar e isso gera um custo irrecuperável, pois está diretamente ligado à passagem do tempo, que não volta mais. Vou dar como exemplo dois investidores que, hipoteticamente tenham renda e capacidade de investimento iguais e o desejo de se aposentar aos 65 anos de idade.

Pois bem, o primeiro, mais jovem, começou a investir aos 23 anos. O salário é de R$ 3 mil por mês e ele decidiu investir R$ 300 mensalmente.

Considerando que o ativo escolhido tenha rentabilidade de 0,83% ao mês durante todo o tempo, aos 65 anos de idade ele terá acumulado R$ 2.022.676,42. O segundo também tem salário de R$ 3 mil, decidiu investir os mesmos R$ 3 mil no mesmo ativo que dá retorno de 0,83%. Só que ele começou aos 32 anos de idade.

Ao completar 65 anos ele terá à disposição R$ 836.146,09. Veja quanta diferença os 9 anos de diferença geram no volume de patrimônio buscado pelos dois. Então, uma lição que devemos aprender é que quanto antes investirmos mais podemos ganhar ao longo do tempo. Isso não significa que as pessoas com 30 anos ou mais não devem investir.

Em primeiro, vale reforçar que o exemplo dado é hipotético. Considerei números como taxa de retorno, aporte mensal e salário sempre iguais ao longo da vida de ambos. Mas sabemos que no mundo real as coisas não funcionam bem assim. A ideia é apenas facilitar a compreensão de que, quanto antes investirmos, mais conseguiremos acumular com menos esforço.

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Quem começou com idade mais avançada também pode chegar aos 65 anos com um ótimo patrimônio. Mas isso exigirá a mesma disciplina e a “ousadia” de sair da zona de conforto. E, acredite, sair da zona de conforto não significa fazer loucuras. É possível turbinar os ganhos de um investimento de forma segura, chegando assim a um resultado bem maior do que o esperado.

Para isso basta adotar estratégias dentro do mercado financeiro como investir em opções, comprar ações que pagam dividendos, entre outras que podem ser encontradas em boas plataformas voltadas ao mercado de finanças. A minha experiência neste segmento me permite afirmar que com boas estratégias se consegue ganhar muito em prazos menores e aumentar o patrimônio tanto quanto aquele que começou mais cedo.

Mas claro, como eu disse, o tempo é e sempre será um fator de vantagem. Quem começou mais cedo também pode adotar estratégias para turbinar a rentabilidade. E aí fica imbatível. O melhor momento para começar a investir é o quanto antes, mas se você não é jovem, saiba que existe um segundo melhor momento: agora. Não interessa sua idade, aproveite as facilidades da tecnologia para aprender e construir uma aposentadoria justa e adequada para seu modo de vida.

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