Meio Ambiente

Mais investidores de peso pedem medidas contra mudança climática

19 set 2019, 11:24 - atualizado em 19 set 2019, 11:25
Na semana que vem será realizada Cúpula do Clima das Nações Unidas, oportunidade em que  apelo de vários grupos de investidores ecoará (Imagem: Pixabay)

O apelo de vários grupos de investidores antes da Cúpula do Clima das Nações Unidas, que será realizada na semana que vem em Nova York, contribui para um coro crescente que exige mais iniciativas para o combate ao aquecimento global.

Na quarta-feira, outro grupo de gestores de recursos, que administra um total de US$ 16 trilhões, pediu às empresas que implementem políticas contra o desmatamento para suas cadeias de fornecimento. Outros investidores têm trabalhado juntos para pressionar empresas diretamente com o objetivo de enfrentar os riscos relacionados ao clima.

“A mudança climática é uma questão muito crítica para as carteiras dos investidores, e há muitos riscos associados a isso, como também grandes oportunidades”, disse Stephanie Pfeifer, presidente do Institutional Investors Group on Climate Change, de Londres, um dos grupos que assinaram uma carta conjunta aos líderes.

“Os tipos certos de políticas ajudarão a direcionar o capital de maneira adequada para que possamos lidar com a questão das mudanças climáticas com uma perspectiva ambiental, mas também para proteger portfólios.”

O aumento das temperaturas tem enormes implicações para os investidores. O investimento em energia limpa deve atingir US$ 2,6 trilhões nesta década, segundo pesquisa da BloombergNEF, e o valor pode não ser suficiente para reduzir os riscos ao meio ambiente.

O investimento global em energia limpa precisa somar US$ 2,4 trilhões anualmente até 2035. Já o uso de energia a carvão terá de ser eliminado a quase zero até 2050 para evitar danos catastróficos devido às mudanças climáticas, relataram cientistas da ONU no ano passado.

Esse tipo de mudança no fluxo de capital para novas tecnologias de energia significa que os investidores querem mais clareza dos governos sobre regulamentação e outras políticas que vão orientar a transição.

Os signatários da carta, que incluem a Legal & General Investment Management, DWS, do Deutsche Bank, e o BNP Paribas Asset Management, pedem mais iniciativas para alcançar os objetivos do acordo climático de Paris e estabelecer prazos para a eliminação progressiva dos subsídios aos combustíveis fósseis e uso de usinas de carvão.

Os investidores também querem regras mais rígidas para a divulgação de relatórios corporativos de riscos climáticos, conforme recomendado pela Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima. Essa força-tarefa foi fundada e é presidida por Michael R. Bloomberg, acionista majoritário da Bloomberg LP.

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